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sábado, 2 de março de 2019

FOLIA REALIZA REUNIÃO DE PLANEJAMENTO PARA 2019



Na última sexta-feira (22), o Fórum de Lideranças do Agreste – Folia, esteve reunido  em Campina Grande-PB para o seu encontro de planejamento anual. Participaram cerca de 30 agricultores e agricultoras representantes dos 16 municípios que integram o Fórum além de representantes das entidades de assessoria técnica que atuam no território, que são o Centro de Ação Cultural – Centrac, a Comissão Pastoral da Terra – CPT e o Serviço Pastoral do Migrante – SPM.
O encontro teve início com um momento de acolhida e com as apresentações dos representantes dos municípios. Em seguida, reservou-se um momento para o debate sobre a conjuntura atual, em meio a uma onda de retrocessos políticos e ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e suas entidades de classe e representação, a exemplo dos sindicatos. “Se a gente não estiver envolvida com o sindicato a gente vai perder muito mais, pois não temos quem luta pela gente. A gente precisa das associações, mas precisamos dos sindicatos também. Eu me aposentei em 2012, mas continuo contribuindo com o sindicato, porque eu me preocupo muito com o futuro dos meus companheiros”, disse Maria das Graças Januário da Silva do Assentamento José Antônio Eufrozino, em Campina Grande.
Outros problemas debatidos foram o fechamento das escolas do campo, a ameaça da contaminação das sementes crioulas por transgênicos e a liberação por parte do governo de agrotóxicos, além do afrouxamento de leis de proteção ambiental. “Quando a gente vê uma escola do campo fechando, não pensa que aquilo ali já pode significar a saída daquela família do sítio para acompanhar o filho que vai estudar na cidade. Nós estamos percebendo que por onde passam os projetos de mineração, energia eólica e grandes obras hídricas, as escolas tem fechado, justamente para expulsar as famílias do campo e deixar as terras livres para esses projetos”, observou Valdenice Silva, da CPT.
A proposta de Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional também suscitou um debate: “Estão tirando de quem já tem pouco. Dizem que é para sair do buraco, mas a gente sabe que não é assim. A gente não pode perder a esperança, mas medo, apreensão, a gente sente”, comentou Lita Bezerra, agricultora do Sítio Serra Velha, município de Itatuba-PB. Ficou acordado um encontro específico para aprofundar a questão e a discussão sobre o papel dos sindicatos de trabalhadores rurais no mês de abril.
Dando continuidade ao planejamento, os participantes se dividiram em grupos de trabalho para a partir dos desafios levantados no momento de avaliação no final de 2018, elegerem temas prioritários a serem trabalhados em 2019 nos temas criação animal, sementes, água, juventude, gênero, comercialização e fundos rotativos solidários, entre outros.
Entre as estratégias e os encaminhamentos elencados estão: incentivo à produção e estocagem de forragem animal; monitoramento e fortalecimento dos fundos rotativos; fortalecimento dos bancos de sementes comunitários; incentivar a participação de mais jovens nos encontros do Folia e formação de novos grupos de mulheres nos municípios.
Uma agenda coletiva de ações envolvendo os municípios foi debatida e socializada.
Ao final do encontro, foi reservado um momento para a partilha e as trocas de sementes, mudas e alimentos trazidos pelos participantes. Um dos temas prioritários será a proposta de Reforma da Previdência que exigirá informação e luta dos agricultores para barrar os retrocessos e a perdas de direitos.
Na última sexta-feira (22), o Fórum de Lideranças do Agreste – Folia, esteve reunido  em Campina Grande-PB para o seu encontro de planejamento anual. Participaram cerca de 30 agricultores e agricultoras representantes dos 16 municípios que integram o Fórum além de representantes das entidades de assessoria técnica que atuam no território, que são o Centro de Ação Cultural – Centrac, a Comissão Pastoral da Terra – CPT e o Serviço Pastoral dos Migrantes – SPMNE.
O encontro teve início com um momento de acolhida e com as apresentações dos representantes dos municípios. Em seguida, reservou-se um momento para o debate sobre a conjuntura atual, em meio a uma onda de retrocessos políticos e ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e suas entidades de classe e representação, a exemplo dos sindicatos. “Se a gente não estiver envolvida com o sindicato a gente vai perder muito mais, pois não temos quem luta pela gente. A gente precisa das associações, mas precisamos dos sindicatos também. Eu me aposentei em 2012, mas continuo contribuindo com o sindicato, porque eu me preocupo muito com o futuro dos meus companheiros”, disse Maria das Graças Januário da Silva do Assentamento José Antônio Eufrozino, em Campina Grande.
Outros problemas debatidos foram o fechamento das escolas do campo, a ameaça da contaminação das sementes crioulas por transgênicos e a liberação por parte do governo de agrotóxicos, além do afrouxamento de leis de proteção ambiental. “Quando a gente vê uma escola do campo fechando, não pensa que aquilo ali já pode significar a saída daquela família do sítio para acompanhar o filho que vai estudar na cidade. Nós estamos percebendo que por onde passam os projetos de mineração, energia eólica e grandes obras hídricas, as escolas tem fechado, justamente para expulsar as famílias do campo e deixar as terras livres para esses projetos”, observou Valdenice Silva, da CPT.
A proposta de Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional também suscitou um debate: “Estão tirando de quem já tem pouco. Dizem que é para sair do buraco, mas a gente sabe que não é assim. A gente não pode perder a esperança, mas medo, apreensão, a gente sente”, comentou Lita Bezerra, agricultora do Sítio Serra Velha, município de Itatuba-PB. Ficou acordado um encontro específico para aprofundar a questão e a discussão sobre o papel dos sindicatos de trabalhadores rurais no mês de abril.
Dando continuidade ao planejamento, os participantes se dividiram em grupos de trabalho para a partir dos desafios levantados no momento de avaliação no final de 2018, elegerem temas prioritários a serem trabalhados em 2019 nos temas criação animal, sementes, água, juventude, gênero, comercialização e fundos rotativos solidários, entre outros.
Entre as estratégias e os encaminhamentos elencados estão: incentivo à produção e estocagem de forragem animal; monitoramento e fortalecimento dos fundos rotativos; fortalecimento dos bancos de sementes comunitários; incentivar a participação de mais jovens nos encontros do Folia e formação de novos grupos de mulheres nos municípios.
Uma agenda coletiva de ações envolvendo os municípios foi debatida e socializada.
Ao final do encontro, foi reservado um momento para a partilha e as trocas de sementes, mudas e alimentos trazidos pelos participantes. Um dos temas prioritários será a proposta de Reforma da Previdência que exigirá informação e luta dos agricultores para barrar os retrocessos e a perdas de direitos.


Por  Thaynara PolicarpoSite do Centrac
Edição Juliana Michelle

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