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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Encontro Nacional de Agricultoras Experimentadoras em Lagoa Seca/PB




Acontecerá na próxima terça-feira (23) e quarta-feira(24) de Setembro de 2014, no Convento Ipuarana na cidade de Lagoa Seca-PB, o I Encontro Nacional de Agricultoras-Experimentadoras. Estarão reunidas mais de 100 mulheres agricultoras de todos os estados do Semiárido, para debater sobre o tema: "Celebrando conquistas na trajetória da ASA". O evento está sendo realizado pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), que completa 15 anos de trajetória e conquistas no semiárido brasileiro. O objetivo é valorizar e dar visibilidade ao conhecimento e as capacidades das mulheres agricultoras e suas formas de inserção na organização do trabalho da agricultura familiar, além de construir coletivamente caminhos para superação das situações de desigualdade.
 
Programação:

23 de setembro
8h – Abertura
8h30 – Peça “A vida de Margarida”
9h30 – Debate sobre as desigualdades
12h30 – Almoço
13h30 – Caminhos de superação – divisão sexual do trabalho dentro da propriedade
15h30 – Trabalho em grupo
Temas: Manejo da água nos quintais; Diversificação produtiva dos arredores de casa; Sementes da paixão; Pequenos criatórios e Acesso aos mercados.
19h – Jantar
19h30 – Feira Guardiãs da Biodiversidade e Noite Cultural

24 de setembro
7h30 – Visitas de Intercâmbio
Temas: Manejo da água nos quintais; Diversificação produtiva dos arredores de casa; Sementes da paixão; Pequenos criatórios e Acesso aos mercados.
14h – Impressões das visitas: O que vi e o que vou levar para casa
14h30 – Qual o significado de ser Agricultora-experimentadora?
16h30 – Mística de encerramento

TU ME CHAMAS CLANDESTINO

Tu me chamas clandestino
porque estás do lado de lá da fronteira;
do lado de cá, porém,
sabemos que todos somos cidadãos de uma única pátria.

Tu me chamas clandestino
porque conheces a língua do lado de lá;
do lado de cá, porém,
entendemos a linguagem do amor e da solidariedade.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá te instalaste comodamente;
do lado de cá, porém,
somos errantes de todos os caminhos.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá tens os papéis em ordem;
do lado de cá, porém,
o único documento necessário é o rosto humano.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá tens nome e sobrenome de vencedor,
do lado de cá porém,
buscamos um mundo sem vencedores nem vencidos.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá contas com a proteção da lei;
do lado de cá, porém,
contamos com a fé, a esperança e a coragem.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá temes pelo teu patrimônio;
do lado de cá, porém,
sonhamos somente com um lugar ao sol.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá ergueste a fortaleza de teus iguais;
do lado de cá, porém,
não há maior nem menor, somos todos irmãos.

Tu me chamas clandestino
porque do lado de lá pensas construir um muro de separação,
do lado de cá, porém,
lutamos para abater todos os muros e construir pontes.


Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS Roma, 17 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Caso Ana Alice: dois anos após o crime, família ainda aguarda julgamento dos culpados


Nesta sexta-feira, 19 de setembro, dois anos após o crime que vitimou a jovem agricultora de 16 anos, Ana Alice de Macedo Valentin, do município de Queimadas, Agreste Paraibano, sua família e seus amigos ainda aguardam o julgamento do culpado, Leônio Barbosa de Arruda, preso no final de 2012.
Ana Alice era militante do Pólo da Borborema e no dia 19 de setembro de 2012, quando voltava da escola, foi sequestrada e barbaramente violentada. Seu corpo foi enterrado na Zona Rural do município de Caturité, só sendo encontrado 50 dias após o crime. Desde o desaparecimento da jovem, foi formado o Comitê de Solidariedade e pelo Fim da Violência Contra a Mulher Ana Alice, composto por mais de 30 organizações rurais e urbanas. Foi por meio da pressão e da mobilização criada em torno do Comitê, que o caso Ana Alice pode ser investigado e solucionado, com a prisão dos envolvidos. O mentor e mais um adolescente, que teve participação no crime, está respondendo a processo para apuração de ato infracional.

Segundo Claudionor Vital, um dos advogados da família de Ana Alice que acompanha o caso, o processo criminal está aguardando a sentença de pronúncia por parte do juiz Antonio Gonçalves Ribeiro Junior, da 1ª Vara Mista de Queimadas, a quem cabe a condução dos processos para apuração dos crimes de competência do Tribunal do Júri. “Pelas provas existentes, estamos confiantes que o réu seja pronunciado e submetido ao Júri Popular”, afirma o advogado.

Entre os familiares, a expectativa é que o réu receba uma punição exemplar: “Esperamos que ele receba a pena máxima, até porque a gente precisa disso para se sentir segura e também para servir de exemplo para outros marginais. Infelizmente o que aconteceu com Ana Alice já aconteceu, mas a gente pode evitar que aconteça com outras mulheres”, desabafou Angineide Macedo, mãe de Ana Alice.

Em 2013, uma mobilização que reuniu mais de 300 pessoas em Queimadas, lembrou o assassinato da jovem. O objetivo foi o de chamar a atenção da sociedade para a necessidade de medidas pelo fim da impunidade dos crimes de violência contra a mulher. Foi feita uma caminhada com uma parada em frente ao Fórum da Comarca do Município, onde estava sendo realizada uma das audiências do caso e no final, um ato público, no Centro da cidade. A este movimento se juntaram as famílias de Isabella Pajuçara e Michelle Domingues, as duas mulheres assassinadas em fevereiro de 2012, após o bárbaro estupro coletivo ocorrido também em Queimadas. No dia 25 de setembro, Eduardo dos Santos Pereira, acusado de planejar o crime e último envolvido a ser julgado, vai a Júri Popular na capital do estado, João Pessoa.

Uma mobilização como a de 2013 deve acontecer no dia 7 de novembro, data do sepultamento de Ana Alice e lembrando todas as mulheres vítimas de violência no estado. Neste dia 19 de setembro, às 19h, ocorrerá uma missa em memória de Ana Alice, na Capela da Comunidade Caixa D’água, celebrada pelo Padre Ivanilson, Pároco de Queimadas.

O caso - Ana Alice foi sequestrada quando voltava para casa depois da aula, sendo estuprada e violentamente assassinada pelo vaqueiro Leônio Barbosa de Arruda, à época com 21 anos. Seu corpo foi enterrado próximo a residência do assassino, na fazenda onde ele trabalhava, na zona rural do município de Caturité. A adolescente permaneceu desaparecida até que nas imediações de sua comunidade, uma nova mulher foi raptada e violentada, sendo encontrada apenas no dia seguinte com marcas de esganadura, inúmeras escoriações e amputação parcial da orelha direita. Ainda muito traumatizada, ela foi capaz de reconhecer o criminoso (e vizinho) e o denunciou à polícia com a ajuda do Comitê de Solidariedade Ana Alice. Graças ao empenho do Comitê e à coragem desta vítima, o assassino foi preso e confessou o crime contra sua vizinha e contra Ana Alice. Confessou inclusive que, no crime contra Ana Alice, não agiu sozinho, teve a ajuda de um cúmplice, à época, menor de idade.

Ana Alice e a outra mulher, não foram as únicas vítimas. No início de 2012, ao sair de um baile de carnaval, ele violentou uma jovem de Boqueirão. De posse de uma arma, obrigou que ela entrasse em seu carro e a estuprou. Um mês depois, após prestar depoimento do primeiro caso na delegacia desse município, tentou fazer nova vítima também em Boqueirão, agora uma adolescente de 14 anos que teve sorte diferente, quando um amigo a libertou da tentativa de estupro.

Fuga - O assassino encontra-se preso no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB-1, em João Pessoa. Ele foi transferido para esta unidade prisional este ano depois de ter fugido do Presídio do Serrotão em Campina Grande, onde aguardava julgamento. 10 dias depois da fuga, e depois de muita pressão por parte do Comitê Ana Alice, o preso conseguiu ser recapturado, no mês de abril de 2014.

http://patacparaiba.blogspot.com.br/2014/09/caso-ana-alice-dois-anos-apos-o-crime.html

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Encontro Nacional de Comunicação: comunicação popular e comunitária no Semiárido

Foto: Juliana Michelle - Comunicadora Popular SPMNE - ASA
A rede de Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), realizou nos dias 09, 10 e 11 de Setembro de 2014, em Gravatá/PE, o Encontro Nacional de Comunicação, onde estiveram reunidas mais de 150 pessoas, entre comunicadores e comunicadoras, assessores/as técnicos e pedagógicos, coordenações estaduais, além de alguns convidados.

O Encontro Nacional de Comunicação, trouxe como tema central Comunicação Popular e Comunitária no Semiárido e teve uma programação diversa, cheia de debates, considerações, oficinas e partilha de experiências.

Entre tantos momentos importantes, ressaltamos no primeiro dia de realização do encontro a mesa de debates, a qual contou com a participação da professora pesquisadora, Cícilia Peruzzo (Universidade Metodista/SP), e o membro da Coordenação Executiva da ASA na Bahia, Naidison Baptista, entre outros aspectos ressaltaram a comunicação como direito humano e englobaram reflexões acerca do trabalho da comunicação comunitária e popular no semiárido.
Foto: Juliana Michelle - Comunicadora Popular SPMNE - ASA
No segundo dia do evento, a grande plenária dividiu-se para junto a alguns coletivos de comunicação convidados, realizar as sete oficinas de comunicação, que tinham os seguintes temas:  redes sociais, produção colaborativa, rádio, stencil, comunicação indígena e etnomídia, fotografia, vídeo e apropriação tecnológica em comunidades tradicionais.
O encontro contou com a colaboração de Valquíria Lima (ASA/Minas Gerais) que compôs a mesa de debates na tarde do segundo dia para discussão sobre a comunicação no contexto atual, seus desafios e perspectivas.

Foto: Juliana Michelle - Comunicadora Popular SPMNE - ASA


Durante toda a programação o encontro debateu a questão da democratização da comunicação, assim como o fortalecimento da comunicação enquanto rede ASA, envolvendo os demais envolvidos nos processos da ASA, assim como, também reforçando o potencial das redes populares de comunicação no semiárido.



NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

V Seminário Regional de Combate ao Trabalho Escravo e Degradante: Mundo do Trabalho, Tráfico de Pessoas e Migração

21, 22 e 23 de Outubro de 2014 – UEPB/Guarabira

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO NA TENDA DE SABERES:

1) CRONOGRAMA:
a) De 15 de setembro a 15 de Outubro de 2014 – Inscrições: Envio da ficha de inscrição para o e-mail: seminariotrabalhoescravo2014@gmail.com;

b) De 15 de setembro a 05 de outubro de 2014 – envio do trabalho completo para o e-mail:



2) MODELO DE FORMATAÇÃO DO TRABALHO:

O trabalho deve ser formatado conforme as especificações abaixo:

a) O título do trabalho deve estar centralizado, em negrito, fonte Cambria, tamanho 12,
em caixa alta.
b) Os nomes dos autores e coautores devem estar logo abaixo do título, separados por um espaço simples, também centralizados, fonte Cambria, tamanho 12, com espaçamento simples.
c) Identificação da Instituição, Movimento Social ou da Unidade que está vinculado.
d) Texto completo entre 10 e 15 páginas, no máximo, para todas as modalidades.
e) Alinhamento justificado.
f) Espaçamento entre linhas 1,5.
g) Margens superior/inferior/esquerda/direita: 2,5 cm.

Citações:
h) As citações diretas com mais de três linhas devem ser transcritas em bloco separado do texto, com recuo esquerdo de 4 cm a partir da margem, justificado, com a mesma fonte do texto, em tamanho 10 e espaçamento simples.
Referências no texto:
Formato autor/data, exemplo: (ALCOFORADO, 2009, p. 223).
Notas de rodapé:
Cambria, corpo 10, alinhamento justificado.

OBS: Os trabalhos serão avaliados pela Comissão Científica, resultando em um total de 30 trabalhos que comporão o espaço da Tenda de Saberes. Destes, 05 serão selecionados para serem apresentados na mesa Espaço de Diálogo (dia 22/10, às 15H30).

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Encontro reunirá em Lagoa Seca Agricultoras-experimentadoras de diversas regiões da Paraíba

Agricultora-experimentadora

Acontecerá em Lagoa Seca nos dias 03 e 04 de setembro, próximas quarta e quinta-feira, o I Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba). O encontro tem como lema: “Celebrando conquistas na trajetória da ASA” e acontece no ano em que a Articulação do Semiárido Brasileiro completa 15 anos de atuação. 

O evento acontecerá no Convento Ipuarana e reunirá cerca de 100 mulheres agricultoras experimentadoras das regiões Alto e Médio Sertão, Curimataú, Cariri, Seridó e da Borborema. O objetivo do encontro é debater sobre as desigualdades entre homens e mulheres, valorizar e dar visibilidade ao conhecimento e as capacidades das mulheres agricultoras e suas formas de inserção na organização do trabalho da agricultura familiar, além de construir coletivamente caminhos para superação das situações de desigualdades.

O Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras acontece em preparação para o Encontro Nacional de Agricultoras Experimentadoras, que acontecerá em Lagoa Seca, nos dias 23 e 24 de setembro, reunindo agricultoras de todo o Semiárido Brasileiro.

Seja o trabalho produtivo ou reprodutivo, bem como a economia gerada a partir dele, na maioria das situações, o trabalho da mulher permanece na invisibilidade para o conjunto da família. As agricultoras têm seu convívio social limitado, sendo privadas da participação nos espaços de debate público e decisão política, muitas vezes são impedidas de participar até das reuniões de sua comunidade, bem como dos eventos de formação da ASA. Além disso, as mulheres são submetidas a diferentes formas de violência, além da violência física, a mais aparente, sofrem inúmeras violências morais, tidas como comportamentos naturais dentro da cultura patriarcal.

Programação
03 de setembro, quarta-feira
08h – Abertura
08h30 – Vídeo A vida de Margarida
9h30 – Debate sobre as desigualdades
12h30 – Almoço
13h30 – Caminhos de superação
15h30 – Trabalho em grupo
Temas: Manejo da água nos quintais; Diversificação produtiva dos arredores de casa; Sementes da paixão; Pequenos criatórios e Acesso aos mercados
19h – Jantar
19h30 – Feira Guardiãs da Biodiversidade e Noite Cultural
4 de setembro, quinta-feira
7h30 – Visitas de Intercâmbio
Temas: Manejo da água nos quintais; Diversificação produtiva dos arredores de casa; Sementes da paixão; Pequenos criatórios e Acesso aos mercados
14h – Impressões das visitas: O que vi e o que vou levar para casa
14h30 – Qual o significado de ser Agricultora-experimentadora?
16h30 – Mística de encerramento

Fonte: http://aspta.org.br/