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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

No Combate ao Trabalho Escravo e Degradante


O SPM na Paraíba começou o mês de agosto com “Pé Direito”, pois foi retomado o trabalho de acompanhamento aos trabalhadores do corte da cana-de-açúcar por meio do projeto: “Combate ao Trabalho Escravo e Degradante junto aos Trabalhadores Rurais Temporários da Cana de Açúcar nos estados da Paraíba e Pernambuco”.

Esta ação, que em sua execução os agentes pastorais Darcy Lima, Flávio Martins e Roberto Araújo, tem como objetivo: “desenvolver uma ação integrada de intensificação do combate ao trabalho escravo e degradante garantindo o cumprimento dos direitos fundamentais junto aos trabalhadores rurais temporários da cana de açúcar nos estados da Paraíba e Pernambuco”.

Já no mês de agosto a equipe do SPM botou a “mão na massa” e desenvolveu uma série de atividades, entre elas destacamos:

a) A audiência com a Superintendência do Trabalho e Emprego da Paraíba na pessoa do Auditor Fiscal do Trabalho, Fernando Menezes.

Segundo Roberto Araújo esta reunião pode ser avaliada positivamente e teve um caráter informativo: “Na nossa conversa falamos de nossa preocupação com a situação do trabalhador assalariado no corte da cana de açúcar e como anda a situação deles no ponto de vista do Mistério Trabalho, fizemos um levantamento da Indústria da cana na Paraíba”. Outras constatações que nossa equipe fez foi que há uma ampla participação do capital estrangeiro (Bélgica, Alemanha e França) neste mercado e o setor agroindustrial emprega 40 mil trabalhadores no período da safra.

b) E a visita ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Caaporã/PB e ida ao Eito da Usina Tabu.

Nesta 1ª visita ao sindicato os nossos colaboradores conversaram com o presidente (Gilvan França), eles relataram sobre o trabalho que o SPM exerce há 13 anos acompanhando os trabalhadores temporários no corte da cana. Após este diálogo a equipe foi convidada a fazer uma visita aos trabalhadores no corte da cana, chegando lá encontram trabalhadores das cidades de Mogeiro, Itatuba e Fagundes – Região de atuação do SPM na Paraíba.

Segundo a equipe, em conversas com os trabalhadores já deu para perceber que as condições do alojamento não são ideais, eles também reclamaram sobre os equipamentos de proteção individual (EPI), alimentação e remuneração.

Em resumo o SPM na Paraíba, desde agosto, retoma um trabalho que sempre foi uma das principais razões de ser da Pastoral dos Migrantes, que a escolha pelos trabalhadores migrantes mais pobres, marginalizados e explorados pelo Capital.