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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Agricultura Familiar: Alternativa a Migração Forçada


Neste depoimento, Roselita Vitor, representante do Pólo Sindical da Borborema da Paraíba, relata sobre como é possivel construir uma alternativa a Migração Forçada por meio do fomento a Agricultura Familiar.
Vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação do SPM NE.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Direitos Humanos para Crianças

Desenho animado que trata da realidade de quatro crianças que intervém em diferentes contextos sócio-culturais para defender e garantir os direitos humanos.

Realização: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República 2008


Veja o vídeo em nosso blog!


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mobilização 'Copa pra quem?' reúne pastorais sociais e movimentos para discutir Mundial de 2014

A mobilização ‘Copa pra quem?’ que acontece no dia 1º de dezembro pretende mobilizar diversos movimentos sociais e instituições de São Paulo para discutir a realização da Copa de 2014.

A manifestação acontece no mesmo dia em que a FIFA fará o sorteio dos grupos da Copa das Confederações, que antecede o Mundial de 2014.

O evento articulado pelo Comitê Popular da Copa, que integra diversos grupos e movimentos sociais com expressão nas 12 cidades que sediarão as partidas da Copa, fará uma caminhada até o local onde será feito o sorteio, o Anhembi.

O Comitê Popular da Copa de São Paulo destaca os interesses políticos e econômicos em detrimento dos direitos humanos.

Caci Amaral, coordenadora da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo, citou em artigo na página da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo os problemas acarretados com a realização deste tipo de evento esportivo mundial.

“Não podemos repetir erros cometidos em Portugal, na África do Sul ou no Rio de Janeiro, por ocasião da realização de grandes esportivos, onde hoje, estádios e instalações, construídos com dinheiro público, não servem à população local”.

A coordenadora destacou a necessidade da participação popular nas decisões, a transparência do dinheiro público e a busca de benefícios que sejam permanentes para a população da cidade-sede.

Roberval Freire, coordenador da Pastoral dos Migrantes, na Arquidiocese de São Paulo, que integra o comitê na capital destacou a participação de diversas pastorais da Arquidiocese de São Paulo na manifestação que acontece em dezembro.

Segundo Roberval, diversas denúncias estão sendo feitas pelo Comitê no sentido de alertar a população sobre as violações de direitos humanos e conscientizá-la de seu papel nas decisões.

Roberval concedeu entrevista ao Portal A12 e falou sobre a motivação da mobilização, o envolvimento das pastorais e os alertas feitos pelos diversos comitês.

Portal A12 – Por que “Copa pra quem?
Roberval Freire – Infelizmente a Copa 2014 não é do povo brasileiro. Por mais que a gente goste de futebol, temos que enfrentar esta realidade: os cartolas da FIFA e CBF mandam e desmandam e o objetivo mesmo está no lucro que a Copa vai dar. Já estão usufruindo de bilhões de reais, nos contratos que envolvem o dinheiro público. É, também, no quanto os negócios irão render. Em resumo: uma Copa pra o turista que irá consumir marcas e produtos da copa.
Muitos impactos este mega evento já trouxe: exploração de trabalhadores migrantes, despejos, indenizações insuficientes (quando existiram), comprometimento das políticas públicas nos municípios envolvidos, política “higienista”, com sistemática criminalização e expulsão dos pobres das áreas valorizadas ou praças públicas.

Portal A12 – Qual o envolvimento da Arquidiocese de São Paulo nessa mobilização? Quais pastorais e movimentos católicos estão envolvidos?
Roberval Freire – Numa reunião, em São Paulo, dia 10 de outubro, da Comissão para a Caridade Justiça e Paz, as pastorais e organismos da Arquidiocese, com seu coordenador, Dom Milton Kenan (bispo auxiliar da Região Brasilândia), decidiram aceitar o convite para participar do Comitê Popular da Copa, de São Paulo, que estava organizando um ato público para 1º de dezembro, dia em que a FIFA planeja sortear as chaves (grupos) dos times para a Copa das Nações, prevista para julho de 2013.
Ao longo das três reuniões ocorridas, a Comissão da Arquidiocese de São Paulo esteve representada por 8 pastorais: Pastoral do Povo da Rua, Pastoral Afro, Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral do Menor, Pastoral da Moradia, Pastoral do Idoso, Serviço Pastoral dos Migrantes e Pastoral da AIDS. Em conjunto, as pastorais reafirmavam suas reivindicações, já há tempos: pelo fim dos despejos e das remoções; por moradia digna para toda a população; por respeito e políticas públicas para a população de rua; pelo fim da violência policial e do genocídio da população negra e pobre; pelo fim da perseguição aos trabalhadores informais; por transporte público, barato e de qualidade para toda a população, entre outras. Em uma das reuniões, as pastorais convidaram um jornalista do jornal da Arquidiocese, O São Paulo, o qual publicou uma boa matéria a respeito.

Portal A12 – Quantas pessoas são esperadas para o evento?
Roberval Freire – Para o evento de 1º de dezembro, 13hs, na Ocupação da Rua Mauá, 340, Estação da Luz, são esperadas cerca de duas mil pessoas, de dezenas de organizações e redes articuladas. Nas paradas iremos abordar a questão da moradia, com a especulação imobiliária da cidade, despejos, direito à cidade; a questão do povo da rua, criminalizado, desrespeitado na sua cidadania; a questão do trabalhador informal, cada vez mais cerceado no seu direito à sobrevivência digna e excluído pelo poder público, no tocante à inclusão social; a questão da mulher, explorada no turismo sexual, e sofrendo todo o tipo de violência; a questão da criminalização dos pobres, negros, violentados pela polícia e crime organizado e, por fim, toda a política da Copa, sem participação da população, mercantilizando o futebol.

Portal A12 – Quais os alertas que o evento pretende destacar?
Roberval Freire – São muitas as violações dos direitos humanos relacionados direta ou indiretamente com a Copa, alguns já citados pelo manifesto do Comitê Popular da Copa/ São Paulo:

- os despejos de milhares de pessoas de suas casas sem alternativa de moradia digna, para dar lugar a obras viárias que nem sequer foram discutidas com a população;
- políticas que aprofundam a chamada “higienização”, com perseguição aos moradores de rua, catadores de papel, camelões. Lembramos que, pela lei da FIFA, em torno de cada estádio haverá uma área de segurança abrangendo um raio de dois quilômetros, de exclusão;
- o mercado imobiliário e a especulação financeira, se beneficia deste megaevento e atua no sentido de expulsar o pobre das áreas em valorização;
- o povo segue sendo massacrado pelo péssimo e caro transporte coletivo que tem piorado;
- nos estádios, torcedores são criminalizados, os ingressos são caros e elitizam o acesso ao espetáculo;
- para que tudo isso aconteça, a aplicação de mais de 30 bilhões de reais – dinheiro público – em obras para um evento que será acessível a poucos e que tanta falta faz na saúde, educação, moradia, transporte e no próprio esporte...Ou seja, foi mentira a afirmação anterior segundo a qual a iniciativa privada entraria de igual para igual com o poder público. Hoje, mais de 95% dos recursos para a Copa estão vindo do dinheiro público;
- com o evento, cresce a exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes para o turismo sexual.

Um caso emblemático desta Copa está ligado à remoção das 400 famílias da favela Buraco Quente, às margens da Avenida Jornalista Roberto Marinho. Lá irá passar o metrô da Linha 17-Ouro do Metrô, obra do governo do Estado para a Copa de 2014. As pessoas que vivem há décadas no lugar, caso não possam responder às exigências jurídicas, aguardam em meio às demolições.


fonte: A12

terça-feira, 20 de novembro de 2012

SPM realiza a 17ª Romaria do Migrante




“Era migrante e me acolheste” (Mt. 25,5) foi o tema e a motivação principal de centenas de  romeiros e romeiras vindos dos vários territórios da Paraíba que juntos celebram a decima edição da Romaria do Migrante. A 17ª Romaria do Migrante aconteceu no dia 11 de novembro na cidade Fagundes PB.

A Romaria do Migrante tem como objetivo reunir o povo migrante para celebrar a memória e a vida de tantos nordestinos que deixam sua terra natal em busca de melhores condições de vida, a exemplo dos trabalhadores temporários da cana de açúcar e da construção civil.

Mais do que uma simples caminhada rumo a Pedra de Santo Antônio durante a Romaria do Migrante acontece algumas paradas para refletir sobre alguma problemática vivida na atualizada. Neste ano tivemos duas paradas na primeira parada (veja aqui) Arivaldo José Sezyshta, coordenador estadual do SPM, fala sobre como a violência no campo pode ser causa da Migração Forçada, reflete que é possível viver dignamente no campo e finaliza com a afirmação que o nosso Deus é um Deus de Paz.  Já na segunda parada Shirley Luiz, agente pastoral do SPM, lembrou da luta diária dos agricultores e agricultoras na resistência de permanência na terra e na convivência com o semiárido.

A 17ª Romaria do Migrante é uma realização do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, da Paróquia São João Batista e todos os Romeiros e Romeiras, a exemplo no grupo Os Florianos do Pifanos, que caminham anualmente à rumo a Pedra de Santo Antônio.

SERVIÇO:
Vejam mais imagens da 17ª Romaria, aqui
Videos, aqui

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Justiça decreta prisão de Frei Gilvander


O juiz do município de Unaí, região Noroeste de Minas Gerais, decretou a prisão do padre Carmelita, assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e militante dos direitos humanos, Frei Gilvander. O motivo para a prisão foi a divulgação de um vídeo produzido pelo Frei que denúncia o envenenamento da população da cidade de Unaí e região pelo abuso de agrotóxicos utilizados na marca “Feijão Unaí”.

No vídeo, depoimento de uma trabalhadora de uma escola municipal de Arinos, cidade vizinha de Unaí, relata que o feijão foi enviado para a merenda escolar e que as cozinheiras não suportaram o mau cheiro e os sinais de veneno contidos no feijão, chegando, inclusive a passar mal. Isso se repetiu várias vezes, chegando ao ponto de até descartar o feijão no lixo.

A cidade de Unaí é a campeã nacional em casos de câncer. Segundo os dados da Comissão Parlamentar da Câmara Federal, em Unaí há 1260 casos de pessoas com câncer por ano. A média mundial não ultrapassa 400 casos anuais para cada 100.000 habitantes. A cidade também é a campeã nacional em produção de feijão e de uso de agrotóxicos, uma verdadeira ameaça a saúde da população.

A prisão de Frei Gilvander se dará caso não retire de circulação o vídeo que faz essa importante denúncia, um verdadeiro ataque à liberdade de expressão e informação. Os diretores do Google e do Youtube estão respondendo a processo pela veiculação do vídeo.

Frei Gilvander é um grande companheiro da luta do povo pobre e por isso desperta o ódio dos poderosos. Em maio, por seu apoio à luta do povo por moradia e denúncia do despejo da Ocupação Eliana Silva e de outras comunidades sofreu dezenas de ameaças de morte. (Veja na entrevista ao Jornal A Verdade clicando aqui). Mas segue firme na luta contando com cada vez mais apoio das comunidades e das pessoas de luta, justas e honestas.

Veja abaixo o vídeo que motivou o decreto de prisão de Frei Gilvander.