O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPMNE),
recebeu a visita da Sarah Vidal - assessora técnica da Associação Programa Um
Milhão de Cisternas (AP1MC), durante os dias 12 e 13 de setembro de 2017. Com o
objetivo de acompanhar o andamento do projeto Cisterna nas Escolas que está
sendo desenvolvido em alguns munícipios paraibanos, ela acompanhou o módulo II
da Oficina de Educação Contextualizada, no município de Salgado de São
Félix/PB. O encontro foi realizado na Escola José Matias, na comunidade Dois
Riachos, escola beneficiada com o programa, e foi conduzida pela monitora
pedagógica do SPMNE Amélia Marques.
Ao falar sobre a importância de todo o programa, assim como
do contexto ao qual está inserido e também da responsabilidade da instituição
executora, a assessora ressalta: “É a
segunda vez que tenho oportunidade de está aqui com o SPMNE, apesar do pouco
contato, dá para perceber o comprometimento da equipe com o projeto com o
programa Cisterna nas Escolas, e em especial, que é para além da questão das
cisternas nas escolas, mas a questão da Convivência com o Semiárido”.
Em
relação aos momentos vividos na oficina: “Essa vivência que eu tive esses dois
últimos dias acompanhando o segundo módulo da Oficina de Educação
Contextualizada, no município de Salgado de São Félix, foi muito boa, o que o
spm levou para discutir e para alargar a discussão da educação contextualizada,
é super contemporâneo e vai de encontro com um novo projeto de sociedade que as
organizações que fazem parte da asa acreditam e tentam construir da forma que é
possível. Sobre a oficina em si, a metodologia super participativa, dentro dos
princípios da construção do conhecimento, os temas levantados, as provocações
realizadas, as problematizações todas foram muito pertinentes, aponta.
Em
relação aos educadores e educadoras presentes, evidencia: “de uma sensibilidade muito grande com o
contexto local das suas comunidades, a discussão sobre gênero foi muito rica, e
importante para eles e para gente, porque foi uma vivência onde as pessoas,
especialmente as mulheres, puderam falar delas mesmas, do que sofreram, do que esse
modelo patriarcal e machista faz com as mulheres, principalmente com as
mulheres rurais. Então estou satisfeita, vou voltar para Recife muito feliz, de
ter tido a oportunidade de participar desse evento”.
O PROJETO
O Projeto Cisternas nas
Escolas tem como objetivo levar água para as escolas rurais do Semiárido,
utilizando a cisterna de 52 mil litros como tecnologia social para
armazenamento da água de chuva. A chegada da água na escola tem um significado
especial porque possibilita o pleno funcionamento deste espaço de aprendizado e
convivência mesmo nos períodos mais secos.
O projeto abrange
escolas dos nove estados do Semiárido (PE, PB, AL, SE, BA, CE, RN, PI e MG) que
não têm acesso à água e que foram mapeadas pelo Governo Federal. Essa lista
inclui as escolas localizadas em aldeias indígenas e comunidades quilombolas,
que devem ser priorizadas nas ações do Cisternas nas Escolas.
Durante o processo de
implementação, o programa prevê momentos de mobilização, formação, até a
construção, dentre eles: Encontro com Comissões Municipais; Encontro
Microrregional, com participação de gestor público e secretaria de educação e
comissões municipais; Encontro de Comunidade Local, Encontros de Gerenciamento
em Recursos Hídricos em Escolas (GRHE), com auxiliares, merendeiras e
merendeiros, porteiras/os escolares, pais e representantes da comunidade; III
Módulos de Oficina de Educação Contextualizada, com participação de
professores, coordenadores/as pedagógico e diretores.
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