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quinta-feira, 23 de maio de 2019

ASA envia carta aberta para Fórum dos Governadores do Nordeste solicitando abertura de diálogo sobre o Semiárido

Região ocupa cerca de 80% do território do Nordeste e melhorou vários indicadores sociais a partir de políticas públicas construídas com a participação da sociedade civil organizada



Por Verônica Pragana - Asacom

Cisterna de 52 mil litros para abastecer escola rural no município de Caraúbas (RN) | Foto: Ana Lira/Arquivo Asacom
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) encaminhou para o Fórum de Governadores do Nordeste uma carta aberta na qual apresenta a intenção de abrir um espaço de diálogo com este coletivo para garantir a participação social no processo de desenvolvimento da região semiárida. O envio da carta acontece dias antes da reunião do presidente Jair Bolsonaro com os nove governadores do Nordeste, de Minas Gerais e Espírito Santo, na última sexta-feira do mês  (31), no Recife. 

A carta foi enviada para o governador do Piauí, Wellington Dias, que recebeu representantes da ASA, no último dia 8, para tratar de assuntos relacionados à proposta da convivência com o Semiárido, uma região que avançou significativamente nos seus indicadores sociais a partir de políticas públicas integradas e direcionadas para o fortalecimento da agricultura familiar no território.

O Semiárido ocupa, aproximadamente, 80% do território do Nordeste. onde vivem mais de 26 milhões de pessoas, que corresponde a 12% da população nacional. No meio rural, vivem mais de 9,6 milhões, 36,88% da população de todo o Semiárido (IBGE, 2010).

Na carta da ASA, foram apresentados, de forma resumida, os resultados quantitativos da ação desta articulação da sociedade civil em parceria com diversos atores e, principalmente, o Governo Federal: cerca de 1,1 milhão de famílias com água de qualidade ao lado de casa nas suas cisternas de placas; 200 mil famílias com possibilidade de armazenar água em grande quantidade para produção de alimentos; cerca de 7 mil escolas rurais com água viabilizando a continuidade das aulas mesmo em período de longas estiagens; e cerca de mil bancos ou casas comunitárias de sementes, fortalecendo a cultura do estoque também de um dos principais insumos da agricultura. 

"A sociedade civil organizada do Semiárido já viveu um tempo muito importante, no qual a participação social contribuiu de forma efetiva para a construção, o monitoramento e a execução de políticas públicas na região. E estas capacidades precisam ser, na nossa leitura, apresentadas ao Fórum de Governadores como um potencial para o estabelecimento de um canal de diálogo mais permanente e estruturado com objetivos concretos e bem definidos tendo em vista o desenvolvimento da região semiárida", destaca o membro da coordenação executiva nacional da ASA, Alexandre Pires.

Clique aqui para ler a Carta da ASA ao Fórum dos Governadores do Nordeste.

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