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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

"Estamos aqui porque não vamos admitir retrocesso no Semiárido"



Participantes do ato público coloriram as ruas Juazeiro e Petrolina de vermelho | Fotos: Érica Daiane/Irpaa


“Nós estamos aqui, presidenta Dilma, porque nenhum nordestino, nenhum sertanejo, nenhum caatingueiro, nenhum quilombola, nenhum ribeirinho, nenhum pescador vai admitir qualquer retrocesso no Semiárido”. Esta foi a afirmativa que a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ouviu de Maria Cazé, dirigente nacional do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), ontem pela manhã (21), em Petrolina (PE).
A vinda da presidenta atendeu a um chamado de mais de três mil organizações que integram a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e de diversos movimentos sociais que se juntaram em defesa da continuidade das políticas que vêm favorecendo a população do Semiárido nos últimos 12 anos. Mais de 50 mil pessoas participaram do Ato, que teve início na Orla de Juazeiro e finalizou na praça da catedral de Petrolina, onde os organizadores do evento montaram um palco para que a multidão ouvisse o pronunciamento de representantes da ASA, dos movimentos sociais e de Dilma Rousseff.
Para chegar ao lado pernambucano, as/os militantes caminharam pela Ponte Presidente Dutra. Com bandeiras, cartazes, camisas, adesivos e gritos de ordem, a multidão fazia questão de expressar o apoio à reeleição de Dilma, considerando os avanços em diversos setores.
Depois do reconhecimento das conquistas, Naidison  aponta o que precisa avançar no Semiárido | Foto: Áurea Olímpia
O acesso à água, a distribuição de renda e o acesso ao ensino superior foram destaques nas falas nas ruas e nos palcos durante o Ato. “Nós temos possibilidade de moradia, nós temos água, nós temos assistência técnica, nós temos crédito. Nós temos uma gama imensa de programas e políticas, presidenta, que mudaram a realidade de vida dessa população. O que nós queremos é que estas coisas todas continuem”, disse Naidison Quintella, da Coordenação Executiva da ASA. Mas, ao declarar o apoio, Naidison também trouxe reivindicações pactuadas por todos os movimentos envolvidos: “Nós queremos também expressar alguns desejos e alguns sonhos que ainda temos em relação ao Semiárido”, citando anseios como uma Reforma Agrária adequada ao Semiárido, a garantia dos territórios das comunidades tradicionais, a revitalização do rio São Francisco, mais crédito para a Agricultura Familiar e a diminuição do uso de agrotóxicos “que contaminam as nossas vidas.”

Em seu pronunciamento, a presidenta Dilma disse se orgulhar das conquistas ressaltadas nas falas e da parceria com os movimentos sociais e a ASA. Pontuou também que, no Brasil, não havia oportunidade, “agora, junto com a garra, o esforço e com a luta de cada um que defendia uma vida melhor para a sua família, o governo garante oportunidades”. Ela leu bilhete enviado por eleitora e ergueu painel pintado durante a mística do ato por grafiteiros do Levante Popular da Juventude, que mostrou dois momentos históricos do Semiárido representados pela imagem de uma mulher com a lata d'água na cabeça e de uma casa com cisterna de consumo humano. Dilma destacou ainda os investimentos na educação, se comprometendo em dar continuidade.
O Ato contou com a participação de caravanas de todos os estados que integram o Semiárido brasileiro: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão e Minas Gerais. Estavam representados/as agricultores/as, sindicatos e federações de trabalhadores/as, movimento estudantil, pastorais, grupos de jovens, prefeituras, partidos políticos, organizações do campo e da cidade.

Fonte: Comunicação IRPAA - Portal ASA BRASIL - 22/10/2014

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