PESQUISAR

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

SPM NE PROMOVE EVENTO COM REFUGIADOS VENEZUELANOS EM JACUMÃ – CONDE/PB


A Pastoral dos Migrantes, em parceria com a Arquidiocese da Paraíba e a Prefeitura Municipal de Conde, realizou no dia 25 de agosto, a roda de diálogo: "Refugiados: um convite à solidariedade", na Colônia dos Pescadores, em Jacumã - Conde/PB.
A abertura ficou por conta de um quinteto de jovens músicos de Conde, que apresentou inicialmente o Hino Nacional Brasileiro, entre outras canções. Logo após, foram convidados para formar a mesa Arivaldo Sezyshta, doutor em Filosofia, membro da diretoria da Pastoral do Migrante e um dos coordenadores da Casa do Migrante; Maritza Ferretti, Assessora Jurídica da Pastoral e integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB; Roberto Saraiva – Geógrafo e membro da Coordenação da Pastoral do Migrante; Jonas Epifânio, o Escurinho - CantorCompositor e percursionista e Nivaldo Pires, Assessor do Presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Deputado Luiz Couto.
A mesa tratou do tema em foco, abordando, sobretudo, a questão da legislação que envolve o refúgio e a importância da acolhida por parte da sociedade brasileira, seja pela questão humanitária, seja porque o Brasil é signatário dos tratados internacionais a respeito da migração e refúgio.

Os próprios migrantes e refugiados venezuelanos estiveram presentes ao evento, além das entidades envolvidas e da comunidade local. Três dos refugiados deram seus depoimentos e testemunhos, destacando as dificuldades que tiveram até chegar à Paraíba e, ao mesmo tempo, a gratidão pela acolhida e o desejo de reconstruir suas vidas e seus sonhos, a partir da inserção à comunidade local e ao mundo do trabalho.
A tarde de encontro foi finalizada com apresentações culturais de artistas locais e de João Pessoa. O cantor Escurinho, acompanhado por sua banda, finalizou o evento com uma roda de ciranda, que se constituiu em um momento de integração entre brasileiros e venezuelanos.


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

PROJETO DE ACESSO À ÁGUA NAS ESCOLAS REALIZA ENCONTRO MÃES, PAIS E RESPONSÁVEIS EM MOGEIRO



O projeto de Acesso à Água para Ações Pedagógicas no Semiárido Paraibano, promove uma educação que dialoga com a realidade da escola, considerando os seus aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais, como também garantindo o direito ao acesso à água de qualidade. 


O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPMNE), realizou ontem terça-feira (28), uma reunião com as mães, pais e responsáveis da Escola Municipal João Avelino da Silva, onde participaram mais ou menos 50 pais/mães. O momento inicial ficou para um resgaste histórico das instituições envolvidas SPMNE e AVINA/AMA, e como se deu o processo de conquista do projeto até aquela escola. Sendo assim, foi apresentado o projeto, mostrando o que está acontecendo e o que ainda vai ser feito até sua conclusão, mostrando todas as etapas do projeto, na formação, construção e na parte prática. Também foi discutido sobre os benefícios trazidos para a escola e as práticas envolvidas nas ações contempladas nesse projeto. 


Logo em seguida, aconteceu uma roda de conversa sobre a co-participação e responsabilidade no projeto, dos pais, mães e responsáveis; discutindo como eles poderão está se envolvendo no processo de manutenção das tecnologias sociais implementadas no espaço da escola, quais serão as orientações para os seus filhos, sempre enfatizando a importância da presença e envolvimento deles nesse momento de conquista para a comunidade escolar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Projeto de Acesso à Água nas escolas realiza encontro mães, pais e responsáveis de escola em Itatuba/PB


O projeto de Acesso à Água para Ações Pedagógicas no Semiárido Paraibano, chegou a Escola Maurino Rodrigues de Andrade, sugerindo a promoção de uma educação que dialogue com a realidade da escola, considerando os seus aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais, como também garantindo o direito ao acesso à água de qualidade. 

O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPMNE), em parceria com a AVINA/AMA, esta executando o projeto desde o mês de Maio deste ano, e realizou na última sexta-feira (17) uma reunião com as mães, pais e responsáveis pelo alunado da escola. A reunião envolveu cerca de 50 pais/mães e o momento inicial foi de resgaste histórico das ações do SPMNE no município e na região. Também apresentou-se a instituição parceira AVINA/AMA, e como se deu o processo até chegar o projeto aquela escola. Assim, foi realizada a apresentação do projeto, mostrando o que está acontecendo e o que ainda irá ser feito, ou seja mostrando todas as etapas desse processo, seja na formação, construção ou prática. Também foi discutido sobre os benefícios trazidos para a escola e as práticas envolvidas nas ações contempladas nesse projeto. 

Logo em seguida, aconteceu uma roda de conversa sobre a co-participação e responsabilidade dos mesmos no projeto. Foi discutido como as mães e pais poderão esta se envolvendo no processo de manutenção das tecnologias sociais implementadas no espaço da escola, enfatizando a importância da presença e envolvimento deles nesse momento de conquista para a comunidade escolar.


II Módulo da Oficina de Educação Contextualizada em Mogeiro

No dia 15 de agosto, educadoras/es da Escola Municipal João Avelino da Silva, estiveram reunidos para dialogar sobre a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido em atividade que faz parte do processo de formação do Projeto de Acesso à Água para Ações Pedagógicas no Semiárido Paraibano, no qual a escola é beneficiária com a implementação de tecnologias sociais de captação da água da chuva, reuso de água e canteiro econômico de hortas escolares. 

O objetivo do encontro foi dar continuidade ao processo de formação, já iniciado nas etapas anteriores do projeto, no sentido de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância de uma educação pautada na convivência com o semiárido, que dialogue com a realidade da comunidade, considerando os seus aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais e que valorize os saberes tradicionais construídos historicamente, ou seja, uma educação que faça sentido na vida dos/as educandos/as. 


Sendo assim, através de uma dinâmica de grupo observando os quatro sentidos: O que vejo? O que ouço? O que sinto? E o que faço? foi realizada uma leitura da atual conjuntura política, econômica e social a qual o país vem enfrentando atualmente. Temas como a corrupção, aumento da violência, precarização nos postos de atendimento à saúde pública, ausência de políticas públicas eficientes para a educação, desvalorização dos profissionais da educação e os cortes do orçamento da união para os programas sociais, foram os grandes destaques do diálogo entre as/os participantes, apontando as desigualdades sociais e econômicas como as principais causas dos problemas atuais da sociedade, principalmente no que se refere aos baixos índices no desempenho educacional das crianças e adolescentes. 

Em seguida, foram apresentados alguns dados relacionados a realidade educacional no país, fazendo uma releitura dos últimos 15 anos no âmbito do Semiárido Brasileiro baseado em um levantamento do Censo Escolar e da UNESCO. Sendo assim analisou-se a partir de quatro aspectos indicadores das desigualdades sociais, que direta ou indiretamente tem influência na educação: a região ou local onde a criança vive; a cor da pele; a idade, afetando principalmente as/os adolescentes; e a condição pessoal, no caso das crianças com necessidades especiais. Percebendo uma grande relação dos índices de analfabetismo com o trabalho infanto-juvenil, a raça e etnia e a condição socioeconômica das famílias empobrecidas do nordeste brasileiro. 

Apesar dos índices do trabalho infantil terem reduzido quase que a metade, nos últimos anos, o resultado dos programas sociais de erradicação do trabalho infantil, implementados pelo governo federal, não tem sido o suficiente para garantir uma educação pública de qualidade para as nossas crianças e adolescentes. O que nos levou a refletir sobre: Que modelo de educação é esse predominante no Brasil? Quais suas origens? A quem e pra que serve? Existe outros modelos de educação? Quais são?



NOTA DA COORDENAÇÃO COLEGIADA DO SERVIÇO PASTORAL DOS MIGRANTES, SOBRE OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS NA CIDADE DE PACARAIMA-RR

A Cidadania Universal precisa ser construída em Pacaraima!
O Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) órgão vinculado à CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil) e rede de presença e ações em nível nacional ao serviço, acompanhamento e defesa de quem migra, promovendo sua dignidade e direitos para o reconhecimento da riqueza da diversidade humana. Após a notícia dos violentos atos ocorridos em Pacaraima, vem tornar público seu repúdio em relação a referida situação.
Em 18 de agosto de 2018, como resposta ao assalto e agressão a um comerciante local, parte da população de Pacaraima (RR) perseguiu refugiados com paus e pedras, destruindo seus acampamentos improvisados e ateando fogo a seus pertences, sem que esta população imigrante tivesse qualquer envolvimento com os fatos. Queremos aqui afirmar, nossa solidariedade a seu Raimundo e família, porém em consonância com a Defensoria Pública da União, entendemos que a prática desses atos violentos contra cidadãos estrangeiros em situação de vulnerabilidade, além de serem tipificados na legislação penal nacional, ocasionam o consequente retorno forçado ao país do qual saíram pela grave e generalizada violação de direitos básicos. Tudo o que acontece hoje também é consequência de um sistema injusto de concentração da riqueza e exclusão das pessoas e que se impõem no mundo todo destruindo povos e nossa casa comum pela ganância de poucos em detrimento da maioria.
A tímida resposta do Governo Federal, na articulação de um programa de interiorização eficaz, acaba fomentando o desenvolvimento de uma crise social nas primeiras cidades de acolhida.
De outro lado, ao tentar restringir direitos à população de determinada nacionalidade através de decreto e com seus reiterados pedidos de fechamento de fronteira, o Governo Estadual de Roraima alimenta o discurso xenofóbico de parte da população local, o que contribuiu significativamente para o acirramento da tensão social e disseminação de discursos de ódio. Autoridades de diferentes níveis da Federação e dos três Poderes que disseminam a discriminação e pleiteiam medidas populistas e inconstitucionais como o fechamento de fronteira ou cota de entrada de migrantes vêm agindo de forma irresponsável.
Destaque-se que episódios deploráveis como o deste final de semana encontram inspiração em discursos e medidas xenofóbicas por parte do poder público e que a falta de um trabalho integrado das administrações públicas para a acolhida, proteção, promoção e integração, somado ao consequente ressentimento acumulado pela população, geram barbárie e envergonha-nos mundialmente.
Não esqueçamos que existem mais de 3 milhões de brasileiros no exterior buscando dignidade e segurança, da mesma forma que os Venezuelanos, refugiados e migrantes em procuram em nosso País. Assim, se quisermos ser respeitados lá fora, respeitemos os que aqui chegam.
BASTA de ódio, violência e de injustiças contra o povo e SIM à acolhida, a solidariedade e ao diálogo pois temos a certeza de que os pobres e migrantes não devem ser culpados pela crise que o capital tem gerado no mundo, e que vem querendo se reinventar as custas das riquezas naturais de nossa América Latina.
O Estado Brasileiro, do alto de suas atribuições, deve convidar a sociedade civil e as instituições que servem a acolhida, proteção, promoção e integração dos venezuelanos para organizarem em conjunto ações que atendam a contento esse fluxo migratório, de forma digna e que enobreça nossa nação.
SENHOR FAZEI-NOS INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ! Canto de S. Francisco
Acesse aqui a carta em PDF

REFUGIADOS: UM CONVITE À SOLIDARIEDADE

Entre os meses de julho e agosto de 2018, a Pastoral dos Migrantes acolheu na Paraíba 60 refugiados e imigrantes venezuelanos. Desses, mais de 50% já encontrou trabalho e tem buscado reconstruir suas vidas. 
A fim de entender melhor e de seguir refletindo sobre o significado dos refugiados entre nós, a Pastoral dos Migrantes, em parceria com a Arquidiocese da Paraíba e a Prefeitura Municipal de Conde, promove, neste sábado, 25/08, a roda de diálogo: "Refugiados: um convite à solidariedade", a partir das 15h, na Colônia dos Pescadores, em Jacumã-Conde/PB. Estarão presentes os próprios refugiados e as entidades envolvidas e é um evento aberto à participação de toda a comunidade. Ao debate seguirá uma atividade cultural, com a apresentação de artistas locais e de João Pessoa. O evento é gratuito e aberto a todos.


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

SPMNE REALIZA OFICINA DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA EM ITATUBA/PB

O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste realizou na terça-feira, último dia 31 de Julho de 2018, uma Oficina de Educação Contextualizada, no município de Itatuba/PB. O encontro de formação aconteceu na escola EMEF Maurino Rodrigues de Andrade, escola contemplada com o Projeto de Acesso a Água para Ações Pedagógicas no Semiárido Paraibano, que esta sendo executado pelo SPMNE, em parceria com a AVINA/AMA. Com grande porte, a escola comporta mais de 800 alunos e alunas e funcionamento nos turnos manhã, tarde e noite, a escola conta com 90 funcionários, entre professores e demais profissionais. 

A oficina foi iniciada com o café da manhã e a mística de abertura. Conduzida pela assessora pedagógica Amelia Marques, que deu prosseguimento com o conteúdo preparado para o dia, abordando a Contextualização do Semiárido envolvendo suas características sociais, ambientais, econômicas, culturais, trazendo para a sala também questões como de acesso a água. 

Nesse sentido, foi observado o impacto das grandes obras realizadas no nosso país e região, para contribuir com o debate foi exibido o documentário "O Canto de Acauã" que mostra as consequências sociais e ambientais da construção da Barragem de Acauã no estado da Paraíba, para as comunidades atingidas. Enfatizando uma comparação dos dois projetos já vivenciados no semiárido, começando pelo projeto de combate a Seca, e suas consequências para o meio ambiente e a sociedade, perpassando pelas conquistas, até chegar ao projeto de Convivência com o Semiárido. 


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Evento em Campina Grande-PB debaterá o papel das Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica e na conservação da biodiversidade


 Será realizado entre os dias 14 e 16 de agosto de 2018, na sede do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTIC) em Campina Grande (PB), a Oficina Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica.  O evento é fruto da articulação envolvendo agricultoras e agricultores guardiões das raças locais, organizações, movimentos sociais, entidades de assessoria técnica, redes de pesquisa, instituições de ensino e de ciência e tecnologia. Cerca de 200 representantes destes segmentos participarão do evento que é uma realização do Grupo de Trabalho – GT de Criação Animal da Articulação do Semiárido Paraibano – ASA Paraíba e do Insa, em parceria com a Rede Paraibana de Núcleos de Agroecologia.

A dinâmica da programação acontecerá por meio de conferências, mesas redondas e debates. Mas, também utilizará uma metodologia participativa que promoverá a apresentação das experiências pelas famílias guardiãs e troca de saberes entre agricultoras/es, pesquisadoras/es, técnicas/os e estudantes, por meio de Carrosséis e Rodas de Diálogos, visando o aprofundamento da reflexão sobre as raças locais para aumentar a resiliência dos agroecossistemas familiares no Semiárido brasileiro.

A proposta da Oficina será baseada na troca de saberes tradicional e científico para a construção
de conhecimentos, indicação das demandas de pesquisas básicas e aplicadas, formação e difusão de tecnologias sobre a conservação e das raças nativas criadas e manejadas historicamente pelas famílias agricultoras do Semiárido brasileiro. Estudantes e pesquisadores farão ainda a apresentação de trabalhos científicos no segundo dia de evento. Um concurso de fotografias premiará três melhores imagens de animais nativos.

O evento promoverá ainda a atualização metodológica sobre pesquisas participativas, consolidação de diretrizes de pesquisas e de agendas estratégicas que busquem o fortalecimento técnico-científico no que concerne à conservação dos recursos genéticos locais, como forma de garantir a segurança e soberania alimentar e renda para as famílias agricultoras agroecológicas.

 As raças de animais locais ou crioulas têm como características principais a produção em diferentes condições ambientais, a exemplo do Semiárido brasileiro, e apresentam boa capacidade de adaptação, rusticidade e resistência, além de serem responsáveis por boa parte da alimentação das famílias agricultoras camponesas em todo o mundo. Segundo o Informe Mundial sobre Recursos Zoogenéticos da FAO, órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, de 2010, estima-se que cerca de 20% das raças estão em perigo de extinção.

E diante das mudanças climáticas e de um quadro de extrema pobreza e fome no mundo, a FAO recomenda no seu Plano de Ação Mundial sobre os Recursos Zoogenéticos aos diversos países desenvolverem esforços no sentido de combater a erosão da diversidade genética animal e utilizarem de forma sustentável os recursos zoogenéticos locais. Estimula também ações de cooperação e integração em nível nacional e internacional no sentido de buscar assegurar a riqueza mundial de biodiversidade animal para as gerações futuras.

A Oficina Raças Nativas na Agricultura Familiar Agroecológica tem o apoio da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos, Coordenadora Ecumênica de Serviço – Cese, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e do Centro Vocacional Tecnológico de Agroecologia e Produção Orgânica: Agrobiodiversidade do Semiárido – CVT.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 14/08/2018
8h –9h30 - Recepção e café
9h30–10h – Mística de abertura
10h – 11h - Palestra magistral
Tema: “Raças nativas, Mudanças Climáticas e Convivência com o Semiárido”.
Palestrante: Haroldo Schisteck – IRPAA – BA
11h – 12h30 – Debate
12h30 – Almoço
14h – 17h30 - Carrossel de Experiências
Tema: As famílias agricultoras camponesas guardiãs das sementes animais no semiárido
Experiência 1:
“Terra, fé e coragem: a história de superação de dona Raimunda”
Agricultora: Raimunda Soares Gomes  – Tacima - PB
Experiência 2.
“Fundo Rotativo Solidário de Jovens com a raça Morada Nova”
Agricultor: Mateus Manassés - Sítio Soares – Queimadas-PB
Experiência 3. “Experiência de resistência e tradição através das sementes animal de galinhas de capoeira”
Agricultora: Rosemary Posse de Lima – Sítio Santa Luzia – Soledade-PB

Dia 15/08/2018
8h – Mìstica
8h 20 - Mesa redonda
Tema: “Raças nativas e sistemas de criação animal em transição agroecológica em regiões semiáridas”.
Facilitadores(as):
1. Família agricultora – Maria Célia Araújo e Aldo Experiência: “Sistema de criação e produção de cabras leiteiras”.
2. Sebastian A. De la Rosa Carbajal/CEDEVA – Argentina
Experiência: Raças nativas e mulheres indígenas
3. Francisco Roserlândio Botão Nogueira/NAESP/IFPB – Campus Sousa
10h – Lanche
10h30 - Apresentação dos trabalhos científicos e das experiências
11h45 – Feira de Sabores e Saberes
12h30 – Almoço
14h - Rodas de Diálogos Simultâneas
1. Estratégias de seleção, conservação e manejo de raças domésticas locais
2. Segurança alimentar animal e a preservação, conservação e uso racional da caatinga
3. Sanidade animal em raças locais
4. Produtos tradicionais de animais de raças locais e gastronomia
5. Raças locais, Fundo Rotativo Solidário e práticas que promovam autonomia
6. Etnozootecnia, conhecimento local e diversidade
7. Criação animal ao redor de casa
16h15 – Lanche
16h30 – Continuidade da Feira
19h30 –21h30 – Jantar cultural – Entrega do Prêmio de Fotografia

Dia 16/08/2018
8h – Mística
8h20 - Mesa redonda - “Comércio de produtos agroecológicos de origem animal e Legislação Sanitária”
9h - Debate
9h50 – Lanche
10h - Grupos por território para encaminhamentos e compromissos
11h - Apresentação das propostas de encaminhamentos de cada território
12h30 – Mística de encerramento
12h40 - Almoço


Fonte: https://www.asaparaiba.org/

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Pastorais do Campo divulgam documentos a respeito dos retrocessos políticos no Brasil

Após III Encontro Nacional, pastorais denunciam os ataques aos direitos sociais no Brasil e manifestam apoio aos militantes em greve de fome no STF
III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo ocorreu no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO). Foto: Mário Manzi/CPT
III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo ocorreu no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO). Foto: Mário Manzi/CPT
POR MÁRIO MANZI, PELO COLETIVO DE COMUNICAÇÃO DAS PASTORAIS DO CAMPO
Realizado entre os dias 03 e 05 de agosto em Luziânia-GO, o III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo encerrou-se com a discussão acerca de dois documentos produzidos durante a atividade. São eles a “Carta do Terceiro Encontro Nacional das Pastorais do Campo” e a “Moção de Apoio e Solidariedade as Companheiras e Companheiros em Greve de Fome por Justiça no STF”. Participaram do Encontro, tal como da elaboração da Carta e da Moção, agentes de pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Cáritas Brasileira, Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
A carta em questão trata do contexto político atual enfrentado por povos tradicionais, Pastorais do Campo e demais movimentos sociais. O documento, além de denunciar a continuidade do golpe, personificada nos retrocessos que pautam o Goveno Temer, e o contexto de manipulações midiática e jurídica em vigência, também convoca os povos atingidos por esse cenário a utilizarem da união como ferramenta de enfrentamento. Para Cléber César Buzatto, secretário executivo do Cimi, a carta se constitui como “posicionamento das organizações das Pastorais do Campo, acerca da atual situação política, reafirmando a causa [das Pastorais], em defesa de uma sociedade justa, pluricultural, pluriétnica, fazendo frente às agressões que a sociedade vem sofrendo”.
O segundo documento, a moção, redigida coletivamente, evidencia a pertinência da ação de Zonália Santos, Rafaela Alves, Jaime Amorim, Luiz Gonzaga, Vilmar Pacífico, Frei Sérgio Gorgen. Os seis manifestantes protocolaram manifesto em favor da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 31 de julho deste ano e iniciaram, em seguida a este ato, greve de fome sob a mesma reivindicação. A moção expressa a sensibilidade das Pastorais do Campo à iniciativa do grupo e ressalta a coragem dos seis manifestantes em confrontar a “onda de políticas antidemocráticas e de extermínio do governo Golpista de Michel Temer”.
Em seguida às discussões sobre a moção e a carta, a plenária iniciou a leitura das estratégias apontadas pelos grupos de trabalho, formados desde o início do Encontro. Os eixos a que se dedicaram os grupos foram: Enraizamento; Formação; Articulação Externa; Comunicação e Mobilização. Destes eixos, foram selecionados os pontos que tratavam das Eleições 2018 e agrupados em um eixo específico.
“A nossa união é o principal instrumento de ação contra a força do capital, especialmente em um momento em que a idolatria do mercado está espoliando os bens coletivos da criação, confiados aos povos da terra, das águas, e das florestas”
III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo. Foto: Mário Manzi/CPT
III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo. Foto: Mário Manzi/CPT
As linhas apontadas buscaram abordar o planejamento conjunto – entre as Pastorais do Campo – para o período dos próximos três anos. Um dos pontos que permeou as linhas de ação a curto prazo foi o processo eleitoral de 2018, desta forma, os grupos de trabalho estabeleceram estratégias a curto prazo a fim de reforçar a participação dos movimentos sociais nas eleições que se avizinham.
A conclusão do Encontro ocorreu após realização de mística relembrando mártires e personalidades que marcaram ou inspiraram as Pastorais do Campo. O momento também foi destinado à avaliação das atividades, segundo divisão em grandes regiões. Foram apreciados pontos favoráveis e desfavoráveis a fim de iniciar a preparação para o próximo Encontro.
“Conclamamos assim a todos os povos, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, a recusar este sistema de padrão destrutivo, marcado pela desigualdade, pela violência e pela violação dos direitos humanos”

III Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo. Foto: Mário Manzi/CPT
Clique aqui para acessar a moção de apoio aos grevistas de fome e leia, abaixo, a íntegra da Carta do Terceiro Encontro Nacional das Pastorais do Campo:
CARTA DO TERCEIRO ENCONTRO NACIONAL DAS PASTORAIS SOCIAIS DO CAMPO
“Jesus disse: Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos Fariseus e com o fermento de Herodes” Marcos 8,15
Nós, representantes das pastorais sociais do campo – Pastoral da Juventude Rural (PJR), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Brasileira, Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) – reunidos de 3 a 5 de agosto de 2018 em Luziania/GO, em nosso terceiro encontro declaramos que:
Fortalecidos pela linha pastoral do Papa Francisco, reafirmamos nosso compromisso evangelizador, levando a Boa Nova da libertação junto aos povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadoras e pescadores e camponesas e camponeses, em defesa dos seus territórios, dos seus modos de vida e de suas culturas, que garantem a diversidade alimentar e subsistência da humanidade.
A nossa união é o principal instrumento de ação contra a força do capital, especialmente em um momento em que a idolatria do mercado está espoliando os bens coletivos da criação, confiados aos povos da terra, das águas, e das florestas. Este contexto coloca em risco a casa comum, os direitos ancestrais dos povos; o clima de nosso planeta e a soberania alimentar e nacional.
Rejeitamos as iniciativas em curso, materializadas em políticas que tem como objetivo entregar os territórios e as águas aos grupos que representam o capital privado, sejam fazendeiros, madeireiros, mineradoras, petroleiros e aqueles travestidos de mecanismos ambientalmente sustentáveis.
Frente aos golpes contra a democracia, os retrocessos do Governo Temer, a manipulação midiática, a judicialização do processo eleitoral e político, a prisão de Lula e o impedimento de sua candidatura, reafirmamos que combateremos o avanço dos setores conservadores seja nas urnas ou em qualquer outra tentativa de aparelhamento do Estado.
Nestes tempos tão conturbados e duros contra os povos, precisamos ouvir os sinais do Espírito, renovando nosso compromisso evangélico, e depurar as estruturas de fé de nossas igrejas. Convertemo-nos, nós mesmos, aos ideais mais puros do Reino.
Conclamamos assim a todos os povos, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, a recusar este sistema de padrão destrutivo, marcado pela desigualdade, pela violência e pela violação dos direitos humanos.
Reafirmamos nossa posição anticapitalista e antifascista contra a frente neoliberal, a favor da consolidação da perspectiva do Bem Viver e da construção do Reino até a plena libertação dos povos.

Luziânia – 05 de agosto de 2018.