PESQUISAR

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

14ª ROMARIA DO MIGRANTE




O sol já aparecia na Serra onde fica a Pedra de Santo Antonio na cidade de Fagundes - PB, quando os romeiros e romeiras chegavam à Praça da Matriz de São João Batista de Fagundes, para participarem da 14ª Romaria do Migrante. Evento iniciado pelos Padres Carlistas há 15 anos. Nesse tempo, apenas em 2008 não houve a Romaria. Dessa vez, cerca de 5 mil migrantes reavivaram a sua fé, caminhando na Romaria que não é da paróquia São João Batista, nem da Pastoral dos Migrantes, nem da cidade de Fagundes, mas sim dos migrantes, vindos de tantos lugares, cidades grandes e pequenas, do interior e da capital. Foi sim um ato de fé do povo que sempre acompanhou e fez, deste momento de fé e de luta dos migrantes que habitam estas serras do agreste e cariri Paraibano, um reencontro de comunidades, de jovens, homens e mulheres, ponto alto de um grito pelo fim da migração forçada e muitas vezes escravista, ainda existente em nosso país.


O SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes – retomou neste ano com seus projetos em andamento,de convivência com o semi-árido através da mobilização das famílias para a construção de cisterna, de Educação Ambiental, de fortalecimento dos Fundos Solidários e de Combate ao trabalho escravo e degradante, a Romaria do Migrante como um dos pontos altos de uma espiritualidade libertadora. Neste momento de retomada, os romeiros e romeiras chegaram de todas as partes e logo demonstraram sua alegria pelo reencontro. A celebração eucarística foi iniciada um pouco depois das 6h da manhã, presidida pelo padre da Paróquia de Fagundes, Pe. Jaime e concelebrada pelos padres Valdezio, da cidade de Itatuba, e Pe. Alceu, dos Missionários de São Carlos, vindo de São Paulo para esse momento de fé e de reencontro dos migrantes e comunidades onde trabalhou por vários anos.


Celebramos com muita animação a VIDA, o TRABALHO e as ESPERANÇAS de dias melhores para todos aqueles e aquelas que foram forçados e forçadas a deixarem sua terra de origem. Passava das 08h quando iniciamos a caminhada rumo à Pedra de Santo Antonio. Foi feita uma primeira parada para denunciar a violação dos direitos das comunidades e migrantes pela indústria canavieira: “o nosso Deus é o Senhor do Direito e da Justiça”, nos convoca a Palavra do Senhor no Livro do Profeta Isaias e nossa missão é lutar por justiça que é fruto da paz. Aqui foram lembrados os gritos das mulheres dos migrantes temporários que a Pastoral do Migrante ouviu durante as Missões nas cidades de Itatuba e Fagundes nos dias 30, 31/outubro e 01/novembro: gritos da Terra grilada, da Água presa, das propriedades cercadas, das famílias sem trabalho, dos baixos salários, da exploração do trabalho, da migração forçada para o corte da cana ‘nos brejos’ e para a construção civil na capital e no Centro Sul do país, os gritos contra a violação dos Direitos Trabalhistas e Previdenciários.


Continuamos animados e animadas rumo à segunda parada onde anunciamos ‘um novo céu e uma nova terra’: acreditamos que em cada município de origem dos Migrantes é possível construir uma nova cidade, é preciso lutar por um desenvolvimento local, solidário e sustentável, por Políticas Públicas de geração de emprego e renda, garantia de acesso a Terra e Água na região do agreste paraibano, para que nenhuma pessoa se veja forçada a migrar. Esse ato de fé é sinal da nova Jerusalém, ‘lugar onde corre leite e mel’, onde o direito primeiro à vida vão é negado à ninguém. Finalmente, debaixo de um sol quente e de um vento suave e refrescante chegamos à Pedra de Santo Antonio, onde pedimos as bênçãos do Deus da VIDA, sob os pães, os alimentos, a terra e a água, sob as vidas de todos. Partilhamos os pães e a água que mata a sede, num gesto de compromisso na luta por JUSTIÇA e PAZ.


Nesse dia de ação de graças e de luta contamos com a participação de pessoas dos municípios de Caturité, Campina Grande, Fagundes, Itatuba, João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cruz do Espírito Santo e outros da região de origem dos migrantes. Foi um dia forte de afirmação de nossa presença Pastoral e Evangélica no meio dos Migrantes e excluídos. Este momento trouxe aos romeiros e romeiras a certeza de que a Fé deve estar também a serviço de uma cidadania amadurecida e de um povo que não perde a esperança na possibilidade de viver com dignidade em seu próprio torrão. Vimos tantas pessoas idosas, crianças e especialmente uma juventude ardorosa e comprometida, que clama por atenção e espaço, na vida do país, na política, nas nossas igrejas.


Junto com esses jovens e com todos os migrantes reafirmamos nosso compromisso de luta, pois acreditamos em “todos os direitos para todas as pessoas”. Renovamos nossa missão de lutar pela Paz fazendo acontecer a Justiça.


Equipe da Pastoral dos Migrantes da Paraíba

Fagundes – PB, 15 de novembro de 2009.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009




OLHARES DE ESPERANÇA

UM PERÍODO| 30, 31 de outubro e 01 de novembro de 2009 CLIMA| Quente e seco COMUNIDADES| São Sebastião, São Francisco, Jacaré e Cabatã MUNICÍPIOS| Itatuba e Fagundes UMA REGIÃO| Agreste Paraibano MISSÃO| Visitar famílias marcadas pela Migração Forçada para conhecer a realidade vivida e ajudá-las a encontrar um caminho de transformação MARCAS SOCIAIS| Fome, Falta de água potável para consumo humano, desemprego, saudade de quem foi ou lá está O QUE VIMOS| Negros e brancos, crianças e idosos, homens e mulheres ansiosos pelas políticas públicas que garantam a efetividade de seus direitos LIÇÕES| A esperança não é a última que morre, pois a nossa fé é eterna CERTEZA| Os locais que passamos é uma terra prometida onde pode-se produzir leite e mel.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

CASA DE DEUS VII

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

Do ponto de vista da piedade popular, falar da Casa de Deus é falar do coração de Jesus. De fato, impressiona a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, não apenas no catolicismo tradicional, mas também nos dias atuais. Basta constatar quantas paróquias ou comunidades são dedicadas a essa devoção, ou ainda os numerosos grupos que se reúnem ao redor do coração de Jesus. As sextas-feiras, em geral, e a primeira sexta-feira do mês, em particular, são testemunhas desse fervor religioso tão arraigado na fé do povo luso-brasileiro.

De onde vem isso? Nem precisaria lembrar que os próprios Evangelhos são os primeiros a salientar a misericórdia e a compaixão do Mestre. Lendo-os, tropeçamos o tempo todo com esse coração aberto e disponível aos que sofrem. A caravana de Jesus nunca atropela que lhe pede socorro. Sempre se detém ao clamor dos indefesos, em contraste mesmo com a atitude dos discípulos. Numerosas passagens podem servir de exemplo: o cego Bartimeu (Mc 10,46-52), a mulher que sofria de fluxo de sangue (Mc 5,25-34), a ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7,11-17), a mulher adúltera (Jo 8,1-11), a mulher encurvada (Lc 13,10-17), só para citar algumas.

São emblemáticos, especialmente, os episódios do filho pródigo (Lc 15,11-32) e do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), onde Jesus faz resplandecer, por um lado, a atenção para com as vítimas da história e, por outro, a imensa alegria do Pai para com aqueles que se decidem retornar a casa. Ternura e carinho de um coração materno transparecem também na hora em que Jesus se despede dos discípulos, durante e após a última ceia, de acordo com os capítulos 13 a 17 do Evangelho de João.

As cartas neotestamentárias dão igualmente testemunho de que o coração de Jesus representa a Casa de Deus. Na Primeira Carta de Pedro, escrita aos “estrangeiros da dispersão”, o autor diz que, diante das perseguições e hostilidades de que são vítimas os que vivem fora da pátria, a união entre eles é a “Casa de Deus”. João, o apóstolo mais próximo do coração de Jesus, resume sua mensagem numa única frase: “Deus é amor” (1Jo, 4,8), lar aberto a todos que o buscam. Quanto às cartas de Paulo, é incontável o número de vezes em que aparece o nome de Jesus Cristo como um coração que se revela caminho para a morada de Deus.

Em síntese, os escritos do Novo Testamento deixam claro que o coração de Jesus é abrigo, compreensão, conforto para os doentes e pecadores, fracos e indefesos, pequenos e abandonados – sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito. Aqueles que a sociedade abomina e marginaliza encontram predileção junto ao Mestre. Com isso, Ele revela que o Pai jamais fecha a porta de sua casa ao coração arrependido. Nunca deixa do lado de fora que procura sua face. Há aqui uma distinção fundamental entre o Deus distante do Antigo Testamento e o Deus de Jesus Cristo, tão próximo do coração que é chamado carinhosamente de “Abba = Pai”.

Ao longo da tradição católica, essa referência do Coração de Jesus como refúgio dos aflitos foi ganhando força crescente. De Portugal para o Brasil, ela manteve uma riqueza impressionante de imagens, quadros e expressões devocionais. O Coração de Jesus tem lugar destacado nos templos, sai pelas ruas em procissão e habita um número incalculável de casas. O segredo está em que são os moradores dessas casas e/ou os fiéis dessas práticas que, em verdade, habitam o Coração de Jesus. Este se converte em moradia dos que se sentem abandonados, em porto dos que navegam por mares tempestuosos, em pátria que desterrados.

O Coração de Jesus ganha tremenda popularidade nos meios populares porque nossos povos, não raro, sentem-se estrangeiros no interior do próprio país. Tendo muitas vezes negados os direitos básicos à dignidade do ser humano, buscam no Coração de Jesus uma terra que os acolha como filhos e filhas. Com maior razão ainda isso vale para os que se viram impelidos a deixar a pátria, abandonando a terra sagrada onde estão sepultados seus ancestrais. O Coração de Jesus congrega os imigrantes de todas as raças, línguas e nações, da mesma forma que congrega os sem teto, sem terra e toda a enorme multidão dos “sem”. A devoção ao Bom Jesus ou ao Menino Jesus refletem também a aspiração dos pobres pela segurança e solidez da Casa de Deus.

Mas essa devoção está ligada, ainda, à própria condição do ser humano sobre a face da terra. Como todos caminhamos errantes e estrangeiros sobre uma pátria estranha, o Coração de Jesus se converte numa espécie de ante-sala para a Casa de Deus, pátria definitiva da alma humana, como diz Santo Agostinho. Aliás, Ele mesmo se revela como “caminho, verdade e vida” , ao confortar os discípulos na hora da despedida: “Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,1-7).

Sancionada lei que cria o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

O dia 28 de janeiro será dedicado ao combate ao trabalho escravo no Brasil. O projeto de lei aprovado no Senado e na Câmara dos Deputados foi sancionado no final da última semana pelo vice-presidente da República, José Alencar, em Brasília. Junto à data, também será instituída a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

Em 2004, o dia 28 de janeiro foi marcado pelo assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, três auditores e o motorista, quando apuravam denúncia de trabalho escravo na zona rural de Uma (MG).

José Alencar afirmou que se sentia privilegiado em sancionar a lei de importância história, política e social. “Todos aqueles que atuam para combater o trabalho escravo estão sendo homenageados nesta data”, disse.

Estavam presentes na assinatura da lei, representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e da entidade em Minas Gerais, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras organizações que fazem parte da Frente Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

Nos últimos 15 anos, o MTE já resgatou mais de 34.000 pessoas em condições de trabalho degradante ou análoga à escravidão no Brasil. Do total, cerca de 12 mil foram no Pará em fazendas e carvoarias. A Câmara dos Deputados ainda precisa aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 438/01) que prevê a expropriação de terras em que haja comprovação da prática de trabalho escravo. A matéria está em pauta e pode ser votada ainda este ano.

Fonte: CNBB

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

No Combate ao Trabalho Escravo e Degradante


O SPM na Paraíba começou o mês de agosto com “Pé Direito”, pois foi retomado o trabalho de acompanhamento aos trabalhadores do corte da cana-de-açúcar por meio do projeto: “Combate ao Trabalho Escravo e Degradante junto aos Trabalhadores Rurais Temporários da Cana de Açúcar nos estados da Paraíba e Pernambuco”.

Esta ação, que em sua execução os agentes pastorais Darcy Lima, Flávio Martins e Roberto Araújo, tem como objetivo: “desenvolver uma ação integrada de intensificação do combate ao trabalho escravo e degradante garantindo o cumprimento dos direitos fundamentais junto aos trabalhadores rurais temporários da cana de açúcar nos estados da Paraíba e Pernambuco”.

Já no mês de agosto a equipe do SPM botou a “mão na massa” e desenvolveu uma série de atividades, entre elas destacamos:

a) A audiência com a Superintendência do Trabalho e Emprego da Paraíba na pessoa do Auditor Fiscal do Trabalho, Fernando Menezes.

Segundo Roberto Araújo esta reunião pode ser avaliada positivamente e teve um caráter informativo: “Na nossa conversa falamos de nossa preocupação com a situação do trabalhador assalariado no corte da cana de açúcar e como anda a situação deles no ponto de vista do Mistério Trabalho, fizemos um levantamento da Indústria da cana na Paraíba”. Outras constatações que nossa equipe fez foi que há uma ampla participação do capital estrangeiro (Bélgica, Alemanha e França) neste mercado e o setor agroindustrial emprega 40 mil trabalhadores no período da safra.

b) E a visita ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Caaporã/PB e ida ao Eito da Usina Tabu.

Nesta 1ª visita ao sindicato os nossos colaboradores conversaram com o presidente (Gilvan França), eles relataram sobre o trabalho que o SPM exerce há 13 anos acompanhando os trabalhadores temporários no corte da cana. Após este diálogo a equipe foi convidada a fazer uma visita aos trabalhadores no corte da cana, chegando lá encontram trabalhadores das cidades de Mogeiro, Itatuba e Fagundes – Região de atuação do SPM na Paraíba.

Segundo a equipe, em conversas com os trabalhadores já deu para perceber que as condições do alojamento não são ideais, eles também reclamaram sobre os equipamentos de proteção individual (EPI), alimentação e remuneração.

Em resumo o SPM na Paraíba, desde agosto, retoma um trabalho que sempre foi uma das principais razões de ser da Pastoral dos Migrantes, que a escolha pelos trabalhadores migrantes mais pobres, marginalizados e explorados pelo Capital.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

RUMO À 14a. ROMARIA DO MIGRANTE NA PARAÍBA



No dia 05 de agosto de 2009, celebramos a nossa primeira reunião com representantes da comunidade, em preparação para a XIV Romaria do Migrante. Este evento de missão teve seu iniciou a 15 anos passados, com os padres Escalabrinianos, ficando apenas o ano de 2008 sem ter sido realizado, e todo ano vem sendo puxado pela Pastoral dos Migrantes na Paraíba e pela Paróquia de São João Batista na cidade de Fagundes no Agreste Paraibano, na diocese de Campina Grande.

A reunião contou com representação de 10 pessoas da Pastoral dos Migrantes, vindas de João Pessoa, Campina Grande, Cruz do Espírito Santo, Itatuba e Fagundes. Já a Paróquia contou com 13 representantes, incluindo o Pe. Jaime, que nos acolheu com muito carinho e animação.

Arivaldo Sezyshta, coordenador regional da Pastoral, fez a oração inicial e logo em seguida aproveitou para iniciar os informes das ações do SPM naquela região, fazendo uma relação entre os compromissos do SPM com o Estado da Paraíba e as violações de direitos, que são constantes na vida dos migrantes, nesta área de origem.

Abrimos a conversa para todos e todas se manifestarem, quanto às suas expectativas, e como é Graça de Deus, as expectativas foram as melhores possíveis, e agora poderíamos partir para os preparativos da nossa ROMARIA DO MIGRANTE.

O tempo era curto para terminarmos todos os detalhes em apenas uma reunião, mas fechamos uma proposta de data que será 15 de novembro, e ainda fechamos o tema e lema. DIREITOS PARA TODOS! - NOSSA MISSÃO: LUTAR POR JUSTIÇA E PAZ! Também encaminhamos uma nova reunião para o dia 2 de setembro de 2009, para apresentarmos uma proposta ou mais, de cartazes, bonés e camisetas. Ficando o desafio de arregaçarmos as mangas e trabalhar no combate à desigualdade e às causas da migração forçada, ajudando as comunidades na construção de alternativas de desenvolvimento solidário e sustentável, que possibilitem vida digna para todos, construindo, assim, um outro mundo possível.

Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste

Da terra da Pedra de Santo Antonio para o Mundo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

24ª SEMANA DO MIGRANTE

EXISTE JUSTIÇA PARA TODOS?

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS.

Mosaico de rostos e olhares, de riso e pranto,
De encontros e desencontros, afã de convivência,

De luzes e sombras e de sofrimentos e tantos,
De fuga e de busca no vaivém da existência.


Existe justiça para todos?

Mosaico de imagens e cores, ruído e melodia,
De culturas e costumes, de sons e expressões,

De sabedorias variadas e variadas utopias,
De raças e povos, de línguas e nações,

Existe justiça para todos?

Mosaico e farturas e sobras, luxo e desperdício,
De nação e renovação, na reciclagem do lixo,

De mansões e favelas, prédios e cortiços,
De cercas e muros, como superar isso!


Existe justiça para todos?

Mosaico de dor e suor, de luta e esperança,
De acolhida e exclusão, falta de sintonia,

Romper fronteiras, agir sem mais tardança,

No horizonte novo de uma nova cidadania!

Existe justiça para todos?

Partir e chegar, começo e recomeço,
Perdidos e solitários, migrantes aos milhões,

Atravessar o deserto, superar tropeços,

Disputando no mercado magros cifrões,

Justiça e paz lograr como preço;

Arrancar e replantar fundas raízes,
Forjar da vida um futuro de dias felizes!


Para todos? Existe Justiça? Existe justiça para todos?
Existe justiça para todos? Existe justiça? Para todos?
Para todos? Existe Justiça? Existe justiça para todos?
Existe justiça para todos? Existe justiça? Para todos?
EXISTE JUSTIÇA PARA TODOS?

Encontro promove discussão sobre a saúde do trabalhador no Agronegócio


O Serviço Pastoral dos Migrantes participou nos dias 13 e 14 de maio, na cidade de João Pessoa, do encontro SÁUDE DO TRABALHADOR NO AGRONEGÓCIO promovido pelo Centro Estadual de Referência a Saúde do Trabalhador.


Nossos Agentes Pastorais Darcy, Roberto e Flávio representaram o SPM PB e participaram de todas as discussões ocorridas no seminário.


O objetivo de nossa participação neste encontro foi compartilhar um pouco de nossa experiência de acompanhamento aos trabalhadores rurais, especialmente os cortadores de cana e mostrar as diversas entidades presentes (Ministério e Secretarias de Saúde, Prefeituras, Min. Trabalho, entre outras) que o modelo de "desenvolvimento" proposto pelo agronegócio é um sistema que é extremamente degradante ao meio ambiente e explorador de nosso povo.


O companheiro Roberto (SPM PB) fala de seu trabalho junto aos cortadores de cana-de-açúcar



Um dos desdobramentos deste seminário foi a criação de um Grupo de Trabalho (GT) que deverá trabalhar na construção de uma pesquisa sobre a saúde do trabalhador rural.Nós do SPM também estamos fazendo parte deste GTque irá pesquisar como anda a saúde de nosso povo, sobretudo os cortadores de cana-de-açúcar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

MUDANÇAS CLIMÁTICAS


D. Demétrio Valentini


A CNBB, em conjunto com a Misereor, da Alemanha, acaba de realizar um simpósio internacional sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social.


A própria realização do simpósio evidencia a gravidade da situação. As duas instituições, promotoras do evento, testemunham a seriedade com que precisamos nos preocupar com os fenômenos relacionados com a vida em nosso planeta. O enfoque do encontro, vinculando situações climáticas com justiça social, denota a indispensável dimensão ética, inerente a todo relacionamento humano com a natureza, da qual fazemos parte, e pela qual precisamos nos sentir responsáveis.


O assunto é muito complexo, pois lida com uma quantidade de dados e situações, que nem de longe conseguimos dominar e esgotar, quando nos defrontamos com o prodígio que é a vida em nosso planeta. Dentro do cosmo, nos sentimos privilegiados, participando da surpreendente complexidade do sistema vital, em que estamos inseridos. Diante dele, a primeira atitude adequada é a da contemplação, do respeito e da admiração, junto com o cuidado pela sua preservação.


Mas é indiscutível que o nosso planeta emite sinais de alerta, que por sua insistência e densidade despertam a consciência ecológica, levando a nos perguntar seriamente pela vinculação das mudanças com a ação humana sobre o planeta.


Esta vinculação se torna mais plausível quando constatamos o aquecimento global em curso, fenômeno que mais preocupa, pois mais traz conseqüências para o sistema vital do planeta.
Um dos fatores que mais possibilita a vida é a adequada temperatura da terra. Para proporcionar esta temperatura, são muito preciosos os gases de efeito estufa, que garantem o calor suficiente para que a vida se propague na terra. Mas quando estes gases aumentam demasiado, provocam conseqüências negativas, advindas do aquecimento exagerado da atmosfera. E aí percebemos com clareza a contribuição da ação humana neste aquecimento exagerado, provocado pela emissão de gases de efeito estufa, provenientes, sobretudo, do uso de combustíveis fósseis e da queima de matas, como acontece no Brasil.


Este aquecimento global pode provocar fenômenos prejudiciais à vida, em proporções que não estamos em condições de mensurar, mas que possuem evidente caráter catastrófico.

Para não achar que estas são fantasias inúteis, é importante constatar algumas situações muito evidentes e preocupantes. A principal delas é o rápido processo de degelo, seja das neves nas altas montanhas, ou das geleiras nos pólos. Isto dá para ver, comparando fotos de um ano para outro.


A rapidez do processo leva a pensar nas inevitáveis conseqüências. A mais evidente é a escassez de água potável, que tem nas geleiras uma fonte muito importante. Muitas regiões dependem da água que desce das geleiras. Se estas acabarem, torna-se inviável a vida e a agricultura em muitas partes do mundo.


Outra conseqüência, mais difícil de visualizar, mas potencialmente mais desastrosa, é o aumento do nível dos mares, por acolherem a água das geleiras, e por se expandirem pela dilatação provocada pelo aumento da temperatura.


Os cientistas se incumbem de fazer os cálculos do tamanho do desastre. Se nos próximos cem anos a temperatura média aumentar em seis graus, o mar subirá um metro, inviabilizando as cidades costeiras. Haveria profundas mudanças climáticas, com enormes desastres ambientais. A floresta amazônica desapareceria, e haveria grandes deslocamentos de regiões climáticas. O café passaria a ser cultivado na Argentina!


De tudo isto, fica uma lição indiscutível e premente: precisamos agir com responsabilidade ambiental. Dotados de capacidade para intervir na natureza, devemos fazê-lo em sintonia com seu processo vital. Esta a vocação humana. Se contribuímos para o desequilíbrio do planeta, somos agora interpelados a colaborar para a recuperação de seu sistema vital, antes que seja tarde demais.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

ENTREGA DE MUDAS EM TEIXEIRINHA


O projeto "Preservar e Produzir: Uma Possibilidade Real" está em uma de suas mais bonitas que é o processo de entrega das mudas. Só durante a última semana do mês de abril e inicio de maio já entregamos mais de 2000 mil de plantas frutíferas e nativas da Mata Atlântica.

"Preservar e Produzir: Uma Possibilidade Real" é uma ação do SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes com financiamento do Ministério do Meio Ambiente do Governo Federal. O projeto tem como foco principal a recuperação ambiental de áreas degradas em quatro Assentamentos da Reforma Agrária do Litoral Sul da Paraíba (Teixeirinha, Nova Vida, Apasa e Capim de Cheiro) por meio da implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF's).

A 1ª comunidade beneficiada pelo plantio deste ano foi o Assentamento de Reforma Agrária Teixeirinha que esta localizada no município de Pitimbu, acompanhem um breve resumo desta ação:

ASSENTAMENTO: TEIXEIRINHA
MUNICÍPIO: PITIMBU
Nº. DE BENEFICIÁRIOS: 14 FAMILIAS
Nº. DE MUDAS DISTRIBUÍDAS: 2670 PLANTAS
ESPÉCIES NATIVAS: ANGICO, LOURO, AROEIRA, ANGELIM, NIN, BRAÚNA, PANÃ, URUCUM, PAU-SANGUE, IPÊ, PATA DE VACA, ETC.
ESPÉCIES FRUTÍFERAS: MANGA, PITANGA, JENIPAPO, JACA, GRAVIOLA.



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Escola Fé e Política "Pe. Humberto Plummem"

1º módulo da 2ª etapa da Escola Fé e Política "Pe. Humberto Plummen"

Local: CENTRO DE FORMAÇÃO ANTONIEL PIMENTEL - ANTIGA RODOVIÁRIA, Bairro: Poço, Maceió - AL.

Data: 02 a 05 de Abril de 2009.


Já no início da tarde da quinta-feira, 02/04, começaram a chegar os primeiros alunos/as vindo das dioceses que compõem o regional NE 2 da CNBB, e compareceram alunos/as das arqui/dioceses: Mossoró e Caicó (RN); Paraíba, Campina Grande, Patos, Cajazeiras e Guarabira (PB); Nazaré, Palmares, Caruaru, Pesqueira, Floresta e Afogados da Ingazeira (PE); Maceió e Palmeira dos Índios (AL).

A coordenação (Roberto, Nena, Kaká, Rubens e Glória / secretária do SPS CNBB-NE2) se fez presente na assessoria, na estrutura/suporte e até mesmo na cozinha (na noite da quinta-feira, o jantar foi preparado por parte da equipe e colaboração de alunas, e no decorrer do módulo a equipe ficou colaborando com as cozinheiras), contamos ainda com a colaboração de Livramento (aluna da Escola e do CEFEP).

Na primeira parte do módulo, os/as alunos/as foram convidados a fazer memória de sua história pastoral e militante, localizando no mapa do Brasil o local de seu nascimento e o local onde está atuando.

Depois deste momento houve uma divisão de grupos, estes foram organizados por faixa-etária, de acordo com o ano em que cada um/uma nasceu. Feito a divisão, os grupos fizeram memória de acontecimentos, fatos e personalidades marcantes na história do Brasil e do mundo, como também canções que marcaram estas épocas, a partir da década de 1950 até os dias atuais. Projeção do filme: Batismo de Sangue (filme baseado no livro de frei Betto, Memórias do Cárcere).

A segunda parte do módulo, foi marcada pelo reconhecimento dos Projetos de Nação que estão em disputa no país. Quais os modelos? A quem beneficiam? Quem participa? Quem organiza? etc.

Todo o módulo foi trabalhado com textos e conteúdos riquíssimos, no qual os alunos/as tiveram oportunidade de ler, refletir, discutir e debater, sempre buscando o aprofundamento e a atualização dos assuntos debatidos.

A mística esteve presente durante todo o módulo, sempre trazendo para o meio do grupo, a memória de pessoas que foram importantes no processo de formação pessoal de cada participante, como também personalidades que marcaram a história e as lutas pela paz, liberdade, justiça, entre outras coisas, pessoas como: Dom Helder Câmara, Ir. Dorothy, Chico Mendes, Chicão Xukuru, Margarida Alves, Frei Tito e tantos outros.

O 2º módulo acontecerá na Diocese de Patos no mês de junho.

Rubens Pita

Educador - AL e PE

terça-feira, 14 de abril de 2009

DE OLHO NA MÍDIA....

Mata atlântica pode ter 150 mil km² restaurados
Projeto quer restabelecer floresta em uma área equivalente ao Estado do Ceará até 2050; atualmente, bioma conta com 7% da cobertura original.
9/4/2009
Alexandre Gonçalves

Um pacto para restaurar 150 mil quilômetros quadrados da mata atlântica - uma área equivalente ao Estado do Ceará - foi lançado ontem em São Paulo. A meta é recuperar 30% da área original do bioma até 2050. Atualmente, floresta bem preservada corresponde a 7% da cobertura original da mata atlântica, sem contar trechos que demandam proteção e cuidado especial (13%). A iniciativa pretende restaurar 10% do bioma original que desapareceu.

Um grupo técnico desenhou um mapa com as regiões onde pode ocorrer a restauração. Solos com pouco potencial agrícola ou às margens de rios receberam prioridade, pois presume-se que não será difícil convencer agricultores e pecuaristas a reflorestar tais áreas.

"Temos solos de baixa produtividade que geram apenas R$ 200 por hectare", explica Ricardo Ribeiro Rodrigues, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos responsáveis pelo estudo. "Com manejo adequado, seria possível obter R$ 1.500 por hectare de floresta restaurada."

Miguel Calmon, coordenador-geral do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, afirma que a iniciativa não apontará infratores do Código Florestal, que desmataram além do permitido. "Não queremos uma caça às bruxas", diz Calmon. "Queremos mostrar que vale a pena para o agricultor recuperar a mata." Um livro organizado por pesquisadores do Lerf reúne o conhecimento necessário para restaurar a mata.

Calmon explica que o financiamento das iniciativas não virá de filantropia. "Queremos criar mecanismos para que os produtores recebam pelos serviços ambientais prestados pela floresta preservada nas suas propriedades." A mata atlântica garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas no País. "Também vamos buscar interessados em comprar créditos de carbono", afirma Calmon.

Mais de 50 entidades aderiram, incluindo organizações não governamentais, empresas, universidades e governos. O site http://www.pactomataatlantica.org.br/ recolherá as inscrições. O pedido depende de aprovação. A adesão implica cumprimento das diretrizes apresentadas no protocolo do pacto, disponível no site.


Fonte: 3Setor..

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA

Solidariedade aos Migrantes

NOTA DA CNBB/2009


Nós, bispos do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB, vemos com apreensão e preocupação a adoção, por países para onde afluem numerosos grupos de migrantes, de medidas que ferem princípios básicos dos direitos humanos dos migrantes e suas famílias.

Sem desconsiderar a complexidade das questões que envolvem o tema, constata-se que há medidas que dão margem a sentimentos xenófobos e fortalecem a criminilização do ato de migrar. Tais medidas podem representar retrocesso no caminho de integração dos povos e da construção de uma cultura de paz. A acolhida à diversidade cultural, religiosa e social é condição fundamental para o estabelecimento da justiça e da paz.

Os movimentos migratórios são fatores de desenvolvimento humano e social. O migrante leva consigo sua força de trabalho, a riqueza da sua cultura, seus valores, sua religião. Espera por novos horizontes na terra que encontra como segunda pátria. Para o migrante “a pátria é a terra que lhe dá o pão” (Scalabrini, 1898). A busca de condições dignas de vida move, no mundo globalizado e desigual, milhões de migrantes em direção aos países mais desenvolvidos. Muitos países já não podem prescindir da contribuição dos imigrantes como mão-de-obra em áreas específicas do mercado de trabalho.

Países que atualmente restringem a entrada de migrantes são os mesmos que outrora assistiram a emigração em massa de seus cidadãos. Aqueles que no Brasil aportaram, foram acolhidos e, gradativamente, integraram-se à sociedade local, contribuindo na construção da identidade e cultura nacionais.

Os valores humanos e cristãos da solidariedade e fraternidade têm primazia sobre as leis da economia e do mercado. No contexto mundial atual, os países devem encontrar formas adequadas e justas de acolher o estrangeiro, integrando os imigrantes como protagonistas de um novo momento para humanidade. Ao mesmo tempo, os países geradores de fluxos migratórios empenhem-se em proporcionar condições dignas de vida e perspectivas de futuro aos seus cidadãos.

Repudiamos medidas que criminalizam os migrantes. Muitas vezes, o tratamento dado aos migrantes é injusto e humilhante, envolvendo detenção e prisão, perda da moradia, do emprego e dos bens, separação dos cônjuges e dos filhos. A vergonha da expulsão pode impedir até mesmo a volta à família de origem.

Manifestamos nossa solidariedade a todos os migrantes, aos brasileiros e brasileiras no exterior, e, de modo especial, aos que se encontram em situação de maior vulnerabilidade, com dificuldade de obter a documentação de permanência, vivendo e trabalhando em clima de insegurança e medo.

Apelamos aos países e à comunidade internacional que implementem medidas para cessar as guerras, superar a fome e a miséria, eliminar as desigualdades sociais, e que adotem “uma política migratória que leve em consideração os direitos das pessoas em mobilidade” (DAp 414). Diante da palavra de Jesus “Eu era estrangeiro e me receberam em sua casa” (Mt 25,35), rogamos que prevaleça a solidariedade, baseada nos princípios da dignidade da pessoa, da proteção dos direitos humanos e da fraternidade universal. 

Dom Geraldo Lyrio Rocha

Arcebispo de Mariana

Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira

Arcebispo de Manaus

Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa

Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

Secretário-Geral da CNBB

quinta-feira, 19 de março de 2009

XVIII Assembléia do Setor Pastoral Social – CNBB NE II e abertura da Campanha da Fraternidade de 2009

Dois grandes e importantes eventos aconteceram entre os dias 06 e 08 de março de 2009 nas cidades de Olinda e Recife/PE: a XVIII Assembléia do Setor Pastoral Social – CNBB NE2 e abertura da Campanha da Fraternidade de 2009. O Serviço Pastoral dos Migrantes também esteve lá com dois de nossos Agentes Pastorais: Darcy Lima e Flávio Martins, acompanhem um breve resumo destes eventos:

Na tarde do dia 06 de março, às 14h deu-se inicio a Assembléia com uma dinâmica de apresentação e com a mística de abertura. Tinha representantes de várias pastorais como também de várias dioceses do Regional.

A primeira fala proposta pela coordenação foi a de D. Sebastião Armando, Bispo da Igreja Anglicana em Recife, que teve como abordagem o tema a central da Assembléia: “Dom Helder e o rosto Social da Igreja do Nordeste 2”.

O facilitador propôs duas questões para serem trabalhadas em grupo: 1) Quais os traços de Dom Helder e da sua ação Pastoral? 2) Como estes traços podem inspirar a ação social da igreja? Após a reflexão dos grupos podemos observar os seguintes fundamentos da vida de Dom Hélder:

FUNDAMENTOS QUE MARCAM A VIDA DE DOM HÉLDER

Visão de Deus – Deus é seu Pai, seu modelo de vida é Jesus. Esta é a visão que está no centro de sua vida, Deus é coletivo, trino, o centro do mistério cristão é esse. Se Deus não fosse trino o mistério acabaria, não podemos perder este sentido de Deus (Deus-comunidade);

Visão de Jesus – aquele que oferta a vida (a Deus e aos irmãos);

O Reino de Deus – este era o horizonte da sua vocação e também deveria ser o horizonte da vocação de cada um. Aqui se quebra as fronteiras, se o reino de Deus é o nosso horizonte os outros caminham comigo para este fim, quebram-se todas as fronteiras: religiosas, igrejas, inimigos etc;


Na noite de dia 06 de março fomos ao auditório da Faculdade Frassinete do Recife (FAFIRE) prestigiar a abertura oficial da Campanha da Fraternidade de 2009.

A solenidade contou com as presenças de várias autoridade da sociedade civil e religiosa entre elas o Secretário Nacional de Segurança Pública, a representante do prefeito de Recife, o Presidente da CNBB NE 2, Dom Antonio Muniz (Arcebispo de Maceió), e vários outros bispos do Regional como também padres, religiosas e leigos.

Na manhã do dia 07 de março participamos da celebração Eucaristica de abertura da CF 2009, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo e logo em seguida saímos em caminhada pelas principais ruas do centro do Recife rumo ao “Memorial Tortura Nunca Mais”.

Centenas de pessoas percorreram as ruas do centro do Recife para pedir paz e justiça social – lema da CF 2009 – ato que foi o ápice da abertura da Campanha no Regional Nordeste 2.

De volta a Assembléia, na tarde do dia 07 foram trabalhados os temas: Sustentabilidade das Campanhas da Igreja, Meio Ambiente, Assembléia Popular e Conselhos de Direitos.

A XVIII Assembléia do Setor Pastoral Social – CNBB NE 2 teve um caráter formativo e reafirmou, por meio do estudo da vida de Dom Hélder, a opção das pastorais, movimentos e serviços sociais de nossa igreja, a opção preferencial pelos pobres, e excluídos de nossa sociedade, opção esta reafirmada na Conferência Latino Americana em Aparecida.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Programa de rádio: Fevereiro de 2009

Neste programa "Preservar e Produzir: o Canal Direto com o Agricultor Consciente" faz uma homenagem ao centenário de Dom Hélder Câmara e toda sua história de luta em defesa aos pobres e marginalizados de nossa sociedade. 

Confira alguns destaques deste programa

@ Comemorações:  Luciene Martins fala sobre tudo o que aconteceu na cidade de Recife;
@ Testemunho: Pe. Antônio Maria Guerin relata sua convivência com Dom Hélder Câmara;
@ E ainda: Ouça algumas mensagens narradas pelo próprio Dom Hélder;

CLICK E OUÇA O NOSSO PROGRAMA!


BLOCO 01


BLOCO 02



BLOCO 03


REALIZAÇÃO Serviço Pastoral dos Migrantes FINANCIAMENTO Cooperação Brasil/Alemanha – KFW, Governo Federal, Ministério do Meio Ambiente e PDA PARCERIA Rádio Comunitária Alhandra FM – 87.9, site http://www.anjosdejesus.com/ e Caaporã FM APRESENTAÇÃO Darcy Lima GRAVAÇÃO E EDIÇÃO Adriel Sales (A3 Estúdio).