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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Escola Fé e Política "Pe. Humberto Plummem"

1º módulo da 2ª etapa da Escola Fé e Política "Pe. Humberto Plummen"

Local: CENTRO DE FORMAÇÃO ANTONIEL PIMENTEL - ANTIGA RODOVIÁRIA, Bairro: Poço, Maceió - AL.

Data: 02 a 05 de Abril de 2009.


Já no início da tarde da quinta-feira, 02/04, começaram a chegar os primeiros alunos/as vindo das dioceses que compõem o regional NE 2 da CNBB, e compareceram alunos/as das arqui/dioceses: Mossoró e Caicó (RN); Paraíba, Campina Grande, Patos, Cajazeiras e Guarabira (PB); Nazaré, Palmares, Caruaru, Pesqueira, Floresta e Afogados da Ingazeira (PE); Maceió e Palmeira dos Índios (AL).

A coordenação (Roberto, Nena, Kaká, Rubens e Glória / secretária do SPS CNBB-NE2) se fez presente na assessoria, na estrutura/suporte e até mesmo na cozinha (na noite da quinta-feira, o jantar foi preparado por parte da equipe e colaboração de alunas, e no decorrer do módulo a equipe ficou colaborando com as cozinheiras), contamos ainda com a colaboração de Livramento (aluna da Escola e do CEFEP).

Na primeira parte do módulo, os/as alunos/as foram convidados a fazer memória de sua história pastoral e militante, localizando no mapa do Brasil o local de seu nascimento e o local onde está atuando.

Depois deste momento houve uma divisão de grupos, estes foram organizados por faixa-etária, de acordo com o ano em que cada um/uma nasceu. Feito a divisão, os grupos fizeram memória de acontecimentos, fatos e personalidades marcantes na história do Brasil e do mundo, como também canções que marcaram estas épocas, a partir da década de 1950 até os dias atuais. Projeção do filme: Batismo de Sangue (filme baseado no livro de frei Betto, Memórias do Cárcere).

A segunda parte do módulo, foi marcada pelo reconhecimento dos Projetos de Nação que estão em disputa no país. Quais os modelos? A quem beneficiam? Quem participa? Quem organiza? etc.

Todo o módulo foi trabalhado com textos e conteúdos riquíssimos, no qual os alunos/as tiveram oportunidade de ler, refletir, discutir e debater, sempre buscando o aprofundamento e a atualização dos assuntos debatidos.

A mística esteve presente durante todo o módulo, sempre trazendo para o meio do grupo, a memória de pessoas que foram importantes no processo de formação pessoal de cada participante, como também personalidades que marcaram a história e as lutas pela paz, liberdade, justiça, entre outras coisas, pessoas como: Dom Helder Câmara, Ir. Dorothy, Chico Mendes, Chicão Xukuru, Margarida Alves, Frei Tito e tantos outros.

O 2º módulo acontecerá na Diocese de Patos no mês de junho.

Rubens Pita

Educador - AL e PE

terça-feira, 14 de abril de 2009

DE OLHO NA MÍDIA....

Mata atlântica pode ter 150 mil km² restaurados
Projeto quer restabelecer floresta em uma área equivalente ao Estado do Ceará até 2050; atualmente, bioma conta com 7% da cobertura original.
9/4/2009
Alexandre Gonçalves

Um pacto para restaurar 150 mil quilômetros quadrados da mata atlântica - uma área equivalente ao Estado do Ceará - foi lançado ontem em São Paulo. A meta é recuperar 30% da área original do bioma até 2050. Atualmente, floresta bem preservada corresponde a 7% da cobertura original da mata atlântica, sem contar trechos que demandam proteção e cuidado especial (13%). A iniciativa pretende restaurar 10% do bioma original que desapareceu.

Um grupo técnico desenhou um mapa com as regiões onde pode ocorrer a restauração. Solos com pouco potencial agrícola ou às margens de rios receberam prioridade, pois presume-se que não será difícil convencer agricultores e pecuaristas a reflorestar tais áreas.

"Temos solos de baixa produtividade que geram apenas R$ 200 por hectare", explica Ricardo Ribeiro Rodrigues, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos responsáveis pelo estudo. "Com manejo adequado, seria possível obter R$ 1.500 por hectare de floresta restaurada."

Miguel Calmon, coordenador-geral do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, afirma que a iniciativa não apontará infratores do Código Florestal, que desmataram além do permitido. "Não queremos uma caça às bruxas", diz Calmon. "Queremos mostrar que vale a pena para o agricultor recuperar a mata." Um livro organizado por pesquisadores do Lerf reúne o conhecimento necessário para restaurar a mata.

Calmon explica que o financiamento das iniciativas não virá de filantropia. "Queremos criar mecanismos para que os produtores recebam pelos serviços ambientais prestados pela floresta preservada nas suas propriedades." A mata atlântica garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas no País. "Também vamos buscar interessados em comprar créditos de carbono", afirma Calmon.

Mais de 50 entidades aderiram, incluindo organizações não governamentais, empresas, universidades e governos. O site http://www.pactomataatlantica.org.br/ recolherá as inscrições. O pedido depende de aprovação. A adesão implica cumprimento das diretrizes apresentadas no protocolo do pacto, disponível no site.


Fonte: 3Setor..

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA

Solidariedade aos Migrantes

NOTA DA CNBB/2009


Nós, bispos do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB, vemos com apreensão e preocupação a adoção, por países para onde afluem numerosos grupos de migrantes, de medidas que ferem princípios básicos dos direitos humanos dos migrantes e suas famílias.

Sem desconsiderar a complexidade das questões que envolvem o tema, constata-se que há medidas que dão margem a sentimentos xenófobos e fortalecem a criminilização do ato de migrar. Tais medidas podem representar retrocesso no caminho de integração dos povos e da construção de uma cultura de paz. A acolhida à diversidade cultural, religiosa e social é condição fundamental para o estabelecimento da justiça e da paz.

Os movimentos migratórios são fatores de desenvolvimento humano e social. O migrante leva consigo sua força de trabalho, a riqueza da sua cultura, seus valores, sua religião. Espera por novos horizontes na terra que encontra como segunda pátria. Para o migrante “a pátria é a terra que lhe dá o pão” (Scalabrini, 1898). A busca de condições dignas de vida move, no mundo globalizado e desigual, milhões de migrantes em direção aos países mais desenvolvidos. Muitos países já não podem prescindir da contribuição dos imigrantes como mão-de-obra em áreas específicas do mercado de trabalho.

Países que atualmente restringem a entrada de migrantes são os mesmos que outrora assistiram a emigração em massa de seus cidadãos. Aqueles que no Brasil aportaram, foram acolhidos e, gradativamente, integraram-se à sociedade local, contribuindo na construção da identidade e cultura nacionais.

Os valores humanos e cristãos da solidariedade e fraternidade têm primazia sobre as leis da economia e do mercado. No contexto mundial atual, os países devem encontrar formas adequadas e justas de acolher o estrangeiro, integrando os imigrantes como protagonistas de um novo momento para humanidade. Ao mesmo tempo, os países geradores de fluxos migratórios empenhem-se em proporcionar condições dignas de vida e perspectivas de futuro aos seus cidadãos.

Repudiamos medidas que criminalizam os migrantes. Muitas vezes, o tratamento dado aos migrantes é injusto e humilhante, envolvendo detenção e prisão, perda da moradia, do emprego e dos bens, separação dos cônjuges e dos filhos. A vergonha da expulsão pode impedir até mesmo a volta à família de origem.

Manifestamos nossa solidariedade a todos os migrantes, aos brasileiros e brasileiras no exterior, e, de modo especial, aos que se encontram em situação de maior vulnerabilidade, com dificuldade de obter a documentação de permanência, vivendo e trabalhando em clima de insegurança e medo.

Apelamos aos países e à comunidade internacional que implementem medidas para cessar as guerras, superar a fome e a miséria, eliminar as desigualdades sociais, e que adotem “uma política migratória que leve em consideração os direitos das pessoas em mobilidade” (DAp 414). Diante da palavra de Jesus “Eu era estrangeiro e me receberam em sua casa” (Mt 25,35), rogamos que prevaleça a solidariedade, baseada nos princípios da dignidade da pessoa, da proteção dos direitos humanos e da fraternidade universal. 

Dom Geraldo Lyrio Rocha

Arcebispo de Mariana

Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira

Arcebispo de Manaus

Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa

Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

Secretário-Geral da CNBB