O programa Espaço Ecológico vai ao ar das 9h às 10h, na rádio CBN 1230 AM, e pode ser acompanhado no site http://www.correiosat.com.br/?radio=3
PESQUISAR
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Projeto “Preservar e Produzir” participa de programa de rádio
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Morar em Capim de Cheiro é...
Muitas vezes eu pensei em ir morar em outro lugar pelo fato que aqui ser um lugar tão parado, sem ter nenhum lugar onde possamos trabalhar a não ser no roçado, e mostrar o que podemos fazer com isso. Pensei em ir para outro lugar em busca de oportunidade, mas uma pessoa me fez ver que eu estava errada e quando queremos alguma coisa podemos conseguir, sem precisar ir embora: é só lutar e ir em busca e tudo que sonhamos poderemos realizar.
Para que possamos realizar nossos sonhos temos que lutar com alegria, disposição, união, amor, fé e o mais importante: o pensamento de vencer.
Lucicleide Galdino dos Santos
Moradora do Assentamento capim de Cheiro
Coordenadora do grupo “Sementes da Terra”
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Menos comida com aquecimento
O acelerado aumento nas temperaturas afetará seriamente a agricultura no planeta, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais. Se nada for feito, até o fim do século pelo menos metade da população mundial terá que enfrentar uma drástica falta de alimentos.
A afirmação é de um estudo publicado na edição de 9 de janeiro da revista Science por David Battisti, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Washington, e Rosamond Naylor, diretor do Programa de Segurança Alimentar e Ambiental da Universidade Stanford, ambos nos Estados Unidos.
O impacto do aquecimento global na agricultura deverá afetar particularmente as regiões mais pobres e que apresentam as maiores taxas de crescimento populacional.
“Os efeitos apenas da temperatura na produção global de alimentos serão enormes, isso sem levar em conta as fontes de água impactadas pelo aquecimento”, disse Battisti.
“Precisamos investir na adaptação. Está claro que essa é a direção em que estamos indo, em termos de temperatura, e serão necessárias décadas para desenvolver novas variedades de cultivos que possam enfrentar melhor um clima mais quente”, disse Naylor.
Ao combinar observações diretas com dados de 23 modelos climáticos globais – produzidos no âmbito do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) –, Battisti e Naylor concluíram que há uma probabilidade superior a 90% de que em 2100 as menores temperaturas durante os períodos de cultivo nas regiões tropicais e subtropicais serão maiores do que qualquer temperatura registrada até hoje nas mesmas áreas.
Segundo o estudo, nos trópicos as temperaturas mais altas deverão reduzir a produção de grãos primários, como milho e arroz, de 20% a 40%. Mas o aquecimento deverá prejudicar também a umidade do solo, o que levaria a uma diminuição ainda maior na produção.
“Temos que repensar os sistemas agrícolas como um todo e não apenas buscar novas variedades, além de reconhecer que muitos deixarão de ser agricultores e abandonarão as terras onde vivem e trabalham”, disse Naylor.
Atualmente, cerca de 3 bilhões de pessoas vivem nas regiões tropicais e subtropicais, um número que deverá dobrar até o fim do século.
O artigo Historical warnings of future food insecurity with unprecedented seasonal heat, de David Battisti e Rosamond Naylor, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Fonte: Agência FAPESP.
Disponível em
http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/janeiro/12/3.asp