PESQUISAR

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Escola de Itatuba começa seu plantio no canteiro

No último dia 24 de outubro, foi marcado no projeto SPMNE/AVINA/AMA uma grande oficina de atividade escolar de plantio da horta e pomar. O envolvimento da agricultora experimentadora em agroecologia, dona Lita da comunidade de Serra Velha em Itatuba, da equipe do SPMNE, professores e professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental MAURINO RODRIGUES DE ANDRADE e principalmente dos alunos e alunas deste espaço de saberes em construção. 

Para a presidenta do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, Shirley Luiz, foi um momento de muita emoção e alegria. Momento marcante na vida da entidade e da Escola. 

Segundo uma das professoras presentes, estavam realizando um sonho, um desejo muito profundo que vinha sendo alimentado a tempos e que agora vem se realizando. "Somos Gratos ao SPM NE e as entidades que aprovaram o projeto: AVINA, AMA e AMBEV, por esse feito", ressaltou. Como também a fala de gratidão do coordenador da escola em uma das formações de educação contextualizada o professor Hélder. O projeto foi acolhido pela professora Márcia, que era a diretora no começo das atividades e foi dado continuidade com a chegada do professor Acácio, novo diretor que já chegou incentivando essa ação, dando um grande suporte para que tudo caminhasse bem. 










terça-feira, 30 de outubro de 2018

Coordenadora da Casa do Migrante dá palestra a professores do Colégio Marista Pio X em João Pessoa

Coordenadora da Casa do Migrante Scalabrini do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, participou como assessora, neste dia 23 de outubro, no Colégio Marista Pio X em João Pessoa, de um dia de formação continuada dos docentes desta renomada entidade de ensino. 
Auricélia Rossana, fala do início da Pastoral do Migrante no Brasil e na Paraíba deste o seu nascimento até os dias de hoje, destacando o acompanhamento aos trabalhadores e trabalhadoras do corte da cana no Estado da Paraíba e Pernambuco, passando pelos processos de acompanhamento das famílias que ficavam  a espera de seus maridos, filhos, mães, e que muitas vezes passavam dificuldades com a seca, indo buscar água numa distancia de até seis léguas. Essa atuação que ia do agreste ao litoral e do litoral ao agreste, desabrochou em nosso acompanhamento à migração interna, três eixos de ação, o Combate ao trabalho escravo nos canaviais, a captação de água de chuvas, como construção de uma ação libertadora e de construção de politica publica de convivência com o semiárido e por fim o acompanhamento religioso, da participação popular nas transformações de vidas. 


A Reza que nos faz pensar a Fé inabalada no Cristo que transforma. Anos depois, ressalta a coordenadora da Casa Migrante, a vocação deste serviço pastoral, enverada também na atenção a migrantes internacionais e refugiados. Sem fugir de sua luta em defesa dos direitos humanos, em consonância com o Santo Padre Papa Francisco, em seus 4 verbos: Acolher, Proteger, Promover e Integrar, abre uma casa, para receber os Venezuelanos e Venezuelanas em situação de vulnerabilidade social, na Cidade do Conde, onde já recebemos cerca de 77 pessoas, entre jovens, crianças e adultos. Neste cenário ressalta ainda a importância de contar com a parceria da Arquidiocese da Paraíba, do municio do Conde e que espera ampliar as parcerias com outros seguimentos da sociedade e da Igreja. Concluiu agradecendo a todos e todas convidando a conhecerem e a participarem desta jornada.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

DOCUMENTÁRIO SOBRE VENEZUELANOS REFUGIADOS NA CASA DO MIGRANTE NA PB

Estudantes de Jornalismo da Faculdade Mauricio de Nassau em João Pessoa, realizam documentário sobre a vinda dos refugiados Venezuelanos na Paraíba. Os venezuelanos foram acolhidos na Casa do Migrante, que fica localizada em Jacumã, Litoral Sul, Conde/PB. 
O documentário conta algumas histórias de famílias que migraram em busca de melhores condições de vida e mais oportunidades para os seus. 
O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPMNE), agradece a participação e o envolvimento de todos e todas nessa iniciativa. 
Veja o vídeo a seguir:

terça-feira, 23 de outubro de 2018

MOMENTO PREPARATÓRIO PARA A 23ª ROMARIA DO MIGRANTE

No último sábado (20), o Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste e a Paróquia de São João Batista, reuniram-se no Centro Pastoral São Paulo da Cruz em Fagundes, juntamente com representantes das comunidades rurais do município, para preparação da 23ª Romaria do Migrante 2018, e para refletir a luz do tema da Romaria, que esse ano traz: "A VIDA É FEITA DE ENCONTROS: Braços Abertos Sem Medo Para Acolher!", onde saíram alimentados pela palavra com o incentivo do padre Daniel e da liderança local Eunice Gustavo (Nicinha). 


A presença marcante do representante e coordenação colegiado do SPM Arivaldo Sezyshta, que mais uma vez deu seu testemunho desta caminhada de Igreja. Arivaldo também marcou presença no programa de rádio em Galante, convidando a população local e das cidades circovizinhas a participarem desta celebração que já é uma tradição. 
Esse ano a 23ª Romaria do Migrante, iniciará a partir das 6 h, com o café da manhã servido na paróquia e sairá de frente a Igreja Matriz, de onde seguiremos em caminhada, até a Pedra de Santo Antônio, para a realização da Santa Missa. 

 



Os representantes das comunidades saíram renovados na esperança e no amor, com o espírito cheio de ânimo e entusiamo para participar da Romaria e convidar na sua localidade os demais romeiros. Todo o grupo recebeu material de divulgação da 23ª Romaria do Migrante.

CASA DO MIGRANTE RECEBE AÇÃO SOCIAL EM COMEMORAÇÃO AO DIA DAS CRIANÇAS

Desde o dia 03 de julho deste ano, o Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, abriu uma casa de acolhida para migrantes e refugiados no município do Conde, litoral sul da Paraíba. Desde então, 77 venezuelanos já passaram pela Casa do Migrante, onde desse total, 13 são crianças de 0 a 10 anos. 
No último domingo dia 14, os membros da Pastoral do Pão da Paróquia Santo Antônio do Menino Deus  de João Pessoa (PB), realizaram uma ação em comemoração ao dia das crianças. O evento foi realizado na Casa do Migrante e na ocasião estiveram presentes 55 crianças e familiares, incluindo as crianças Venezuelanas que foram acolhidas pela casa, como também as crianças da comunidade que participaram desse dia festivo. Brincando, integrando e agregando valores em suas vidas, tiveram muitas brincadeiras, entrega de brinquedos e comidas especiais pra criançada. Os agentes da pastoral do pão fizeram na comunidade, uma arrecadação de produtos de higiene pessoal, alimentos, roupas, calçados, como também o bolo, os doces e salgados para compor a festa das crianças. O evento iniciou às 08h, com um momento de oração com todos os presentes e finalizou com um almoço servido pela Casa do Migrante como forma de agradecimento pela ação. 










DEMOCRACIA MUDANÇA COM JUSTIÇA E PAZ



segunda-feira, 22 de outubro de 2018

SPMNE CONVIDA PARA A 23ª ROMARIA DO MIGRANTE


A Romaria do Migrante surgiu em 1994, há 22 anos, com a presença dos padres Escalabrinianos - Missionários de São Carlos, os quais vieram à Paraíba trabalhar com os migrantes, ou seja, acompanhando e visitando os migrantes e buscando alternativas para combater a migração forçada de trabalhadores rurais para o corte de cana no Estado de Pernambuco e também da Paraíba.

Neste contexto, Pe. Alfredo José Gonçalves (Pe. Alfredinho) teve a ideia de criar um momento de reflexão, sobretudo com as comunidades originárias da migração, sobre esta temática, surgindo assim a Romaria do Migrante.

A escolha da cidade de Fagundes se deve primeiramente pelo alto índice de migrantes que a região abrigou na década de 90 (Fagundes, Itatuba, Ingá dentre outros municípios).

O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPMNE), em parceria com a Paróquia de São João Batista realizam, neste ano, a Romaria com o tema - A VIDA É FEITA DE ENCONTROS: Braços Abertos, Sem Medo Para Acolher, e será realizada no dia 18 de Novembro de 2018, a partir das 6 horas da manhã, no município de Fagundes/PB.

 Acolhida Sim, Discriminação Não! 

Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste - SPM NE

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

“Sem feminismo não vamos construir convivência”


Por Elka Macedo - ASACom
O evento contou com a presença de mulheres dos 10 Estados do Semiárido | Foto: Nivia Martins

A poesia que embala a vida das mulheres fala de amor e sororidade, de companheirismo e acalento. Ela diz: “fiquem juntas!”. E quando se repete que é preciso ficar juntas é pra reforçar o que dona Margarida Oliveira, agricultora do Semiárido piauiense, sintetiza quando diz que: “nós mulheres temos que fortalecer umas às outras”. Falar sobre união entre as mulheres é falar sobre feminismo e sobre uma trajetória de luta que perpassa gerações, por igualdade de direitos e respeito, e que inspira histórias de várias mulheres de todo o Semiárido.

“A gente vê que nós unidas, nós consegue os nossos objetivos. A gente está lutando por um objetivo que não é só de uma, e sim de todas as mulheres. E eu me sinto mais fortalecida porque desde os 15 anos de idade que eu ingressei nesta luta e permaneço nela até hoje. E já sofri muitas violências e consegui superar porque eu não estava sozinha, e contava com o apoio das minhas companheiras. É dando as mãos que a gente consegue chegar lá”, relata Maria de Fátima, conhecida como Fafá, agricultora do semiárido cearense. 

O tema que tem contribuído para a libertação e empoderamento de muitas mulheres do Campo e da Cidade é pauta desafiadora para as organizações que compõem a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e pensando nisso, a Articulação realizou de 16 a 18 de outubro, a Oficina “A Convivência com o Semiárido e as Mulheres: Nossa Luta, Nossa Voz, Nossa Construção”. O evento reuniu cerca de 60 mulheres dos 10 Estados que compõe a região semiárida, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (PE). 

“Somos todas nós quem temos que transformar a ASA em todas as suas dimensões. Nosso feminismo já existe e já é real quando uma mulher se reconhece e se diz feminista. Ele [o feminismo] já é como a gente é: diverso, plural, do campo e da cidade... popular! Nós mulheres da ASA carregamos uma história guerreira que encarna a história das que vieram antes de nós, que encarna a história do nosso país”, salienta a coordenadora executiva da ASA pelo Estado de Minas Gerais, Valquíria Lima, ao falar do lugar do feminismo na Rede ASA.

Feminismo, empoderamento e violência domestica foram temas refletidos no evento| Foto: Gleiceani Nogueira
Sua afirmação é validada pela coordenadora da ASA pelo estado da Paraíba, Glória Araújo, quando reforça que “se a gente quer construir o feminismo na ASA, a gente tem que se enxergar como mulheres da ASA e construir um feminismo no lugar onde estamos e atuamos. A ASA não está fora de nós e sem feminismo não vamos construir convivência”. As falas sobre o desafio de incorporar o feminismo nas ações dos programas da Articulação permearam os três dias de encontro, que trouxe à memória os nomes de várias mulheres que contribuíram para a transformação da vida das famílias agricultoras do Semiárido ao longo da trajetória da rede.

Como rios que cortam caminhos pedregosos, pontes e montanhas, mas não mudam o curso do seu objetivo, são as mulheres que cotidianamente se desafiam e travam lutas contra os diversos obstáculos impostos pela cultura machista e o patriarcado para que de fato todas sejam livres. Nesta perspectiva, durante o evento, elas foram de forma lúdica e fluida construindo a linha de tempo com fatos e ações que marcaram a influência das mulheres na trajetória da ASA. A cada década retratada, os fatos confluíam ano a ano com as conquistas e processo de crescimento e organização das camponesas. Nos anos 90, quando a seca castigava mais pela falta de políticas públicas do que propriamente pela falta de chuva, as mulheres que tiveram que assumir as responsabilidades da casa, do roçado e da criação dos filhos sozinhas, enquanto seus companheiros seguiam os fluxos de migração para o Sul do país (as viúvas da seca), eram elas que ensinavam como gerir alimentos e água e com isso conviver com a seca.

Nos anos 2000, quando a ASA se consolida e surgem os programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), são as mesmas mulheres que legitimam as tecnologias como formas eficazes e estratégicas para melhoria de vida das famílias camponesas do Semiárido. É inspirando-se nas experiências delas de produzir nos terreiros de casa porque é lá no cuidado das plantas medicinais e das galinhas; das hortaliças e das fruteiras, que elas se dividem nas atividades domésticas e na produção, no gerenciamento da casa e dos alimentos – que a Articulação valida a construção das tecnologias de armazenamento de água da chuva no arredor da casa.

“Os quintais são a capacidade que as mulheres têm de resiliência. Pelo fato da divisão sexual do trabalho e a responsabilidade pelo trabalho doméstico, para que elas construam a sua produção é necessário que elas tenham uma produção perto de casa para que fiquem oscilando entre a casa e o quintal. Até a auto-organização social das mulheres passa pelo quintal”, enfatiza a coordenadora do Centro Feminista 08 de Março (CF8), organização que integra à ASA, Conceição Dantas.

A partir de 2010, a chegada dos Programas Sementes do Semiárido e Cisternas nas Escolas revelam outras potencialidades das camponesas em outros espaços de atuação. Agora são as educadoras, cozinheiras, zeladoras e guardiãs de sementes que contribuem para que além das tecnologias sociais, se resguarde e fortaleça a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido e a preservação do patrimônio genético das famílias agricultoras, que são as sementes.

A jovem atriz e camponesa, Marcela Soares protagonizou o espetáculo "As Margaridas" | Foto: Elka Macedo
Embora estejam na base da construção e protagonizem a transformação social, as Margaridas, Marias, Marielles, Aparecidas, Fátimas e Danielas ainda são invisibilizadas. “A ASA enquanto articulação vem de uma matriz extremamente patriarcal, onde o masculino é o centro e a família pensada a partir de um chefe. Uma coisa que chama atenção quando a gente olha pra nossa trajetória é que a gente precisa ampliar a nossa participação política. Não tem mudança sem conflito. Discutir feminismo é discutir relação de poder. A gente precisa se fortalecer e ter uma relação mais próxima com os movimentos feministas. A gente precisa enfrentar o machismo institucional nas nossas organizações, e entender que o que a gente vive no dia a dia é opressão”, destaca a coordenadora executiva da ASA pelo estado de Pernambuco e coordenadora da Casa da Mulher do Nordeste, Graciete Santos.

Para além da ASA, a presença das mulheres em espaços de liderança e de decisão ainda é uma lacuna em diversos espaços de discussão e de execução de políticas públicas. E quando elas conquistam e ocupam espaços importantes muitas vezes são oprimidas e julgadas, a exemplo da Presidência da República, referindo-se ao caso da ex-presidenta Dilma Roussef. “A gente ainda se pauta no jeito que o homem faz as coisas. Nós mulheres temos um outro jeito de fazer as coisas”, afirma a assessora técnica do Programa Cisternas nas Escolas, Aparecida Oliveira.

Agricultora Lita Bezerra - SPMNE
A oficina foi permeada pelas falas emocionantes, relatos inspiradores, e a manifestação de sentimentos e de bandeiras de luta em forma de poesia e teatro, nos momentos de plenária e de apresentação de experiências. Nestes espaços, sentimentos se misturaram e a única certeza é de que juntas sempre é mais fácil enfrentar os problemas. Nos depoimentos, a certeza da afirmação que “se a nossa agroecologia está banhada de suor e sangue das mulheres, não é agroecologia” – frase que vem sendo destacada pelas militantes nos mais diversos espaços de debate e reforça o grito que diz: “Sem Feminismo, Não Há Agroecologia”. A agricultora Lita Bezerra, do agreste Paraibano ministrou uma oficina relatando sua experiência de vida, pessoal e profissional, cheia de conquistas e superação. 

Nesta perspectiva, o espetáculo “As Margaridas”, encenada por duas jovens que participaram do encontro e que integram o grupo de teatro sergipano Raízes Nordestinas trouxe à lembrança as várias conquistas das mulheres, desde o direito de usar calças até o direito ao voto, mas lembrou também que há muito pra se avançar. Dentre os obstáculos que se enfrenta nos dias atuais, o grupo destacou a recente mobilização de mulheres no “Ele Não”, o maior movimento de resistência ao projeto autoritário defendido pelo presidenciável Jair Bosonaro (PSL), que faz declarações machistas, homofóbicas e racistas. 

O evento pioneiro da ASA propiciou o debate político e inclusivo de mulheres que ocupam funções em diversos espaços da Articulação, como agricultoras, animadoras assistentes administrativo-financeira, técnicas, comunicadoras, assessoras e coordenadoras. Ao final, firmou-se o compromisso com as pautas e propostas elaboradas pelo grupo nas áreas de formação, auto-organização e empoderamento feminino e o pacto de que todas permanecerão com a missão de fortalecer a luta das mulheres nos locais em que atua. Como diz a poetiza Cidinha Oliveira, em seu poema Esperançar: “nenhuma de nós vai aguentar sozinha. Precisamos mais do que nunca ter sempre uma mulher por perto”.


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Feira Regional de Produtos Agroecológicos e atrações culturais celebram o Dia Mundial da Alimentação em Campina Grande





Para celebrar este 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba – Consea-PB e a Articulação do Semiárido Paraibano – ASA Paraíba, promoveram na manhã desta terça (16), na Praça da Bandeira, Centro de Campina Grande, uma Feira Regional de Produtos Agroecológicos junto com uma programação cultural.
A montagem das barracas foi concluída antes das 7h da manhã, cerca de 30 feirantes, vindos de cinco regiões da Paraíba (Seridó, Cariri, Curimataú, Agreste e Borborema) comercializaram no local uma diversidade de produtos in natura e beneficiados como: hortaliças, frutas, queijo, ovos, mel, leite, polpas de frutas, doces, bolos, beijus e tapioca, entre outros, todos livres de agrotóxicos e transgênicos.

A agricultora Jaqueline Galdino, é moradora do assentamento Antônio Eufrozino em Campina Grande e participa de uma feira agroecológica que acontece semanalmente na cidade. Em seu lote de 18 hectares a agricultora cria gado, cavalos, porcos e galinhas. Dos 12 litros de leite que trouxe para a feira, vendeu 10. “Se tivesse uma feira dessas todo mês, era uma maravilha”, avalia. Para a feira ela trouxe ainda queijo e manteiga. Já seu Luiz Adelino, de 73 anos, morador do Sítio Mares Preto, em Puxinanã, vendeu cactos, flores e plantas medicinais “Achei a feira jóia, uma maravilha. Não só vendi como também ganhei uma mudinha que vou plantar. Estou aprendendo a valorizar o meu produto e vender pelo preço justo”, contou o agricultor que faz parte de um grupo que está construindo a feira agroecológica do seu município.

Atrações culturais

A programação cultural teve início com a dupla de emboladores de coco “Canário e Caboclo”, em seguida foi a vez do trio de forró Acauã se apresentar, seguido pelo grupo “JB do Coco e Tirinete” com músicas de coco de roda. Houve ainda um teatro de bonecos promovido por sócios do Centro de Ação Cultural, que tratou dos riscos da alimentação não saudável. O poeta e tocador João Muniz também foi um dos a se apresentar.

Durante a feira, foi montada uma exposição de trabalhos de crianças de escolas de Campina Grande, que trabalharam desde o início do mês, o tema da alimentação saudável. Um conjunto de desenhos sobre a temática que tratavam sobre a cadeia produtiva dos alimentos, a diversidade e a qualidade da produção, ficaram expostos durante a feira, que recebeu a visita dos alunos do ensino fundamental durante toda a manhã.

Rebeca Mota, de 9 anos, foi uma das alunas a expor o seu trabalho. Ela conta o que aprendeu nas suas pesquisas sobre alimentação: “Eu aprendi que existe uma comida que é de verdade e outra que não é, pois faz mal à saúde, e a gente tem que procurar esses alimentos mais saudáveis”, disse.

Waldir Cordeiro, vice presidente do Consea-PB e membro da ASA Paraíba, falou sobre a proposta da feira e denunciou a situação atual em que o modelo de agricultura promotor da saúde e da vida recebe menos apoio do que o agronegócio, pautado no uso intensivo de agrotóxicos e na super exploração do meio ambiente: “O país deixa de arrecadar algo em torno de 7 bilhões de isenções fiscais de quem produz a agricultura da morte. Enquanto isso, hoje não contamos nem com 10% do orçamento de 2015 para ações de apoio à agricultura familiar”.

Waldir finalizou parabenizando as famílias agricultoras por seu papel e sua contribuição para a realização do direito humano à alimentação: “De forma especial quero parabenizar quem produz de fato o alimento saudável, ainda temos muito pouco a comemorar, mas iniciativas como esta mostram que estamos no caminho certo”. A feira foi encerrada por volta do meio dia com um grande número de visitantes.








Fonte: https://www.asaparaiba.org/single-post/2018/10/17/Feira-Regional-de-Produtos-Agroecol%C3%B3gicos-e-atra%C3%A7%C3%B5es-culturais-celebra-o-Dia-Mundial-da-Alimenta%C3%A7%C3%A3o-em-Campina-Grande

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Dia Mundial da Alimentação será comemorado em Campina Grande com Feira de Produtos AgroecológicosDia Mundial da Alimentação será comemorado em Campina Grande com Feira de Produtos Agroecológicos

Em 16 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação, para celebrar a data, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba – Consea-PB e a Articulação do Semiárido Paraibano – ASA Paraíba realizarão, das 7h às 12h, na Praça da Bandeira, Centro de Campina Grande, uma Feira Regional de Produtos Agroecológicos.


No local, os visitantes poderão adquirir alimentos como hortaliças, frutas, queijo, ovos, mel, leite e uma diversidade de produtos beneficiados como polpas de frutas, doces, bolos, beijus e tapioca, entre outros. Todos vindos de produtores das regiões da Borborema, Agreste, Cariri, Seridó e Curimataú. Os alimentos são livres de agrotóxicos e transgênicos.
A feira terá ainda uma programação cultural que inclui teatro de bonecos, apresentação de música regional, exposição de trabalhos de crianças de escolas públicas e privadas de Campina Grande e distribuição de materiais educativos chamando a atenção de quem passa pelo local e alertando sobre os riscos do consumo de alimentos produzidos com uso de veneno e os alimentos ultra processados. Haverá ato público denunciando a volta da fome ao país.
Como surgiu a data
O dia 16 de outubro corresponde à fundação da FAO (Food and Agriculture Organization), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. A comemoração teve início em 1981, é atualmente celebrada em mais de 150 países como uma importante data para conscientizar a opinião pública sobre questões relativas à nutrição e à alimentação.
Em 2018, a FAO lançou a campanha “Um mundo #fomezero para 2030 é possível”. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância de ações do combate à fome e ao desperdício de alimentos e para a necessidade de desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável.
Fonte: http://centrac.org.br/2018/10/08/dia-mundial-da-alimentacao-sera-comemorado-em-campina-grande-com-feira-de-produtos-agroecologicos/

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Jovens do campo participam de oficina de construção de roteiro e narrativas em Campina Grande

Nos dias 04 e 05 de outubro, a juventude de seis territórios da Articulação do Semiárido Paraibano (Asa Paraíba), participou da Oficina de Construção de Roteiros e Narrativas, realizada em Campina Grande, pelo GT Juventude e Agroecologia da ASA-PB e EMBRAPA, através do projeto Pedagroeco Paraíba: Juventude, Agroecologia e Comunicação. O projeto tem por objetivo estimular o protagonismo juvenil no campo e a divulgação das experiências agroecológicas em rede nos estados de Sergipe, Alagoas, Piauí, Paraíba e Bahia, por meio de materiais multimídias.

A ação aconteceu no Centro Diocesano do Tambor, facilitada pela equipe de multiplicadores do pedagroeco,  com a participação do GT de Comunicação da ASA-PB, assessore/as técnicos/as e da equipe de comunicação da Embrapa Algodão, além de cerca de 30 jovens.

Na abertura do evento, foi realizada uma mística retratando a atual conjuntura eleitoral, refletindo sobre o voto consciente e a democracia. Musicas e poesias que embalaram a abertura da oficina, finalizando com a afirmação que a “Juventude que ousa lutar constrói um poder popular”.

Durante os dois dias, a juventude aprendeu na teoria e na prática o passo a passo  para a elaboração de um roteiro e algumas técnincas para a produção audiovisual através do celular. “A proposta do Pedagroeco é trabalhar, através da comunicação e suas ferramentas, o empoderamento e identidade do jovem do campo: “Questões como a escrita, o teatro, a dança, todos esses elementos que reforçam a identidade cultural camponesa são levados em consideração pelo projeto. A pedagogia Griô, que tem em suas premissas a ancestralidade e a expressão oral, é a base desse projeto que tem um enorme potencial, sobretudo no que se refere as questões de sucessão rural. O jovem do campo precisa se encantar por sua identidade, ainda que não permaneça no campo”, disse o facilitador Claviano Nascimento, assessor técnico do Patac.

No primeiro dia, os jovens assistiram o curta metragem “Sanduíche” que apresenta diversas perspectivas de uma produção audiovisual. Em seguida, se dividiram em grupos para construir uma lógica narrativa a partir de algumas imagens que foram entregues a cada grupo. No segundo momento, os jovens fizeram uma retrospectiva do primeiro encontro realizado em Campina Grande, levantando alguns temas sugeridos para a produção de vídeos em cada território. Foram escolhidas diversas temáticas, tais como: mercados e gênero, protagonismo juvenil, juventude e comunicação, criação animal, dentre outros. No momento da noite, os territórios se dividiram para pensar como seria a produção audiovisual em suas comunidades.

Os jovens do Fórum de Lideranças do Agreste (Folia) escolheram o tema mercados e gênero. De acordo com o Jovem Joab, de Mogeiro –PB, “o jovem do campo não tem muita oportunidade e o financeiro é o que mais preocupa, principalmente para as meninas, que as vezes a própria família não a deixa participar da criação ou da produção de alimentos. Tem muita jovem que eu conheço que quer ir embora do campo por esse motivo”, disse Joab. No segundo dia, Claviano apresentou algumas técnicas utilizadas na hora de uma gravação: planejamento da equipe e atribuição de tarefas; iluminação, enquadramento; pesquisa sobre o tema e sobre os entrevistados; preocupação com a qualidade da captação de imagens e de áudio. Como ultima etapa da oficina, os jovens realizaram algumas gravações para treinar o que foi discutido durante os dois dias.

"Foi um aprendizado riquíssimo participar desse encontro. Vou levar para minha comunidade e para os jovens de lá como fazer um vídeo e como melhorar as fotos que a gente faz para o site da associação. Foi maravilhoso', destacou a jovem Ângela Alves, presidente da Associação do Sítio das Flores, no município de Teixeira, O assessor técnico da ASPTA, Edson Possidônio, avaliou a trajetória da juventude organizada dentro da ASA: "Eu faço uma avaliação positiva, pois, é uma forma da juventude está se organizando. O GT de juventude da ASA PB vem conseguindo de alto afirmar enquanto juventude organizada, então, é desafiador para a juventude", declarou Edson.

Com a proposta de mobilizar as juventudes do campo,  após a oficina, cada grupo ficou com a tarefa de produzir vídeos curtos em seus territórios, que serão parte de um produto audiovisual do projeto. O resultado do aprendizado será partilhado na III oficina do Pedagroeco agendada para os dias 23, 24 e 25 de novembro de 2018.

Fonte: https://www.asaparaiba.org/single-post/2018/10/09/Jovens-do-campo-participam-de-oficina-de-constru%C3%A7%C3%A3o-de-roteiro-e-narrativas-em-campina-grande