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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

II Módulo da Oficina de Educação Contextualizada em Mogeiro

No dia 15 de agosto, educadoras/es da Escola Municipal João Avelino da Silva, estiveram reunidos para dialogar sobre a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido em atividade que faz parte do processo de formação do Projeto de Acesso à Água para Ações Pedagógicas no Semiárido Paraibano, no qual a escola é beneficiária com a implementação de tecnologias sociais de captação da água da chuva, reuso de água e canteiro econômico de hortas escolares. 

O objetivo do encontro foi dar continuidade ao processo de formação, já iniciado nas etapas anteriores do projeto, no sentido de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância de uma educação pautada na convivência com o semiárido, que dialogue com a realidade da comunidade, considerando os seus aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais e que valorize os saberes tradicionais construídos historicamente, ou seja, uma educação que faça sentido na vida dos/as educandos/as. 


Sendo assim, através de uma dinâmica de grupo observando os quatro sentidos: O que vejo? O que ouço? O que sinto? E o que faço? foi realizada uma leitura da atual conjuntura política, econômica e social a qual o país vem enfrentando atualmente. Temas como a corrupção, aumento da violência, precarização nos postos de atendimento à saúde pública, ausência de políticas públicas eficientes para a educação, desvalorização dos profissionais da educação e os cortes do orçamento da união para os programas sociais, foram os grandes destaques do diálogo entre as/os participantes, apontando as desigualdades sociais e econômicas como as principais causas dos problemas atuais da sociedade, principalmente no que se refere aos baixos índices no desempenho educacional das crianças e adolescentes. 

Em seguida, foram apresentados alguns dados relacionados a realidade educacional no país, fazendo uma releitura dos últimos 15 anos no âmbito do Semiárido Brasileiro baseado em um levantamento do Censo Escolar e da UNESCO. Sendo assim analisou-se a partir de quatro aspectos indicadores das desigualdades sociais, que direta ou indiretamente tem influência na educação: a região ou local onde a criança vive; a cor da pele; a idade, afetando principalmente as/os adolescentes; e a condição pessoal, no caso das crianças com necessidades especiais. Percebendo uma grande relação dos índices de analfabetismo com o trabalho infanto-juvenil, a raça e etnia e a condição socioeconômica das famílias empobrecidas do nordeste brasileiro. 

Apesar dos índices do trabalho infantil terem reduzido quase que a metade, nos últimos anos, o resultado dos programas sociais de erradicação do trabalho infantil, implementados pelo governo federal, não tem sido o suficiente para garantir uma educação pública de qualidade para as nossas crianças e adolescentes. O que nos levou a refletir sobre: Que modelo de educação é esse predominante no Brasil? Quais suas origens? A quem e pra que serve? Existe outros modelos de educação? Quais são?



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