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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

SPMNE, outros representantes da ASA/PB e Cooperar visitam feira agroecológica e tecnologias sociais em Soledade e Cubati

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A Presidenta do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste - SPMNE, Shirley Luiz, o técnico Sergio Oliveira, juntamente com técnicos do Projeto Cooperar conheceram, na sexta-feira (9), no Assentamento Nova Esperança – São Domingos I e Associação de Desenvolvimento Rural de Qualhadas e Capoeiras, nos municípios de Soledade e Cubati, as tecnologias sociais para convivência com o semiárido implementadas pela ASA/PB – Articulação Semiárido Brasileiro, que tem por finalidade apoiar a agricultura familiar de base agroecológica, no sentido de melhorar as condições de vida dos agricultores e agricultoras das regiões paraibanas.


Em Soledade, na praça José de Melo, no centro, acontece todas as sextas-feiras, das 6h30 às 10h, a Feira de Agricultura Familiar, onde são comercializados hortifrutigranjeiros orgânicos, além de polpas de frutas, doces, queijos, requeijão e outros produtos típicos da região. Essas mercadorias também são negociadas na Bodega Agroecológica, instalada na Casa de Economia Solidária, em Soledade e na Comunidade Santa Lúcia, em São Vicente do Seridó. Na região existem sete feiras nessa modalidade.



No quintal produtivo da família Antônio/Quitéria, no Assentamento Nova Esperança – São Domingos I, no município de Cubati, os técnicos do Cooperar tiveram a oportunidade de conhecer o centro de manejo de caprinos e bovinos, plantações de mudas de forrageiras, plantas nativas e medicinais e fruteiras – graviola, acerola, caju, umbu e goiaba, além de fundos rotativos. Através da associação, que tem como presidente Sara Maria, o grupo de trabalho fornece seus produtos para a Bodega, em Soledade, deixando 10 por cento da renda para a manutenção da casa. Esta comunidade abriga 30 famílias.



Na Associação de Desenvolvimento Rural de Qualhadas, Capoeiras e Região, que tem 75 famílias, também sediada em Cubati, a equipe técnica do Cooperar conheceu a Fábrica de Beneficiamento de Polpas de Frutas da Comunidade Capoeiras, financiada com recursos de políticas públicas federais e estaduais a exemplo do Procase – Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).



Os artigos da indústria são vendidos na Bodega, na Feira dos Agricultores e Agricultores Familiar e também no PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. A polpa, o doce e a geleia de umbu são os mais procurados. Já a produção de bolos é comercializada junto ao PNAE, cedidas para as Escolas Municipais de Soledade, Cubati e Pedra Lavrada. Esses bolos são fabricados pelas famílias para ajudar na renda familiar.



Na Comunidade Capoeiras, viram uma fábrica de pequeno porte de telas de arame para cercas. O equipamento foi adquirido através do fundo rotativo em parceria com a Capela São Sebastião, que cedeu o salão social para instalação da fabriqueta. A intenção, segundo a presidente da Associação, Solange José de Medeiros, é substituir o arame farpado pela tela para não ferir os animais e evitar o corte de madeiras nas matas.



Na propriedade da família de Dorinha, em Qualhadas, conheceram o bombeamento de água solar, o biodigestor que funciona com estercos de galinha, porco e boi que produz gás de cozinha, além de canteiros econômicos, fundos rotativos, sistemas produtivos de base agroecológica, cisternas e o banco de sementes comunitária, que armazena em garrafas pet, bombonas e pequenos silos plásticos sementes de feijão, fava, milho e de frutas.



À tarde, na sala de reuniões da Casa de Economia Solidária, aconteceu reunião entre os representantes da ASA/PB – Articulação Semiárido Brasileiro e ASPTA – Assessoria e Serviços à Projetos em Agricultura Alternativa, Antônio Melo e José Camelo da Rocha, respectivamente, entre outros integrantes do coletivo. Eles historiaram o trabalho que executam nas comunidades rurais espalhadas pelo Estado da Paraíba, e esboçaram o desejo de participar do PB Paraíba Rural Sustentável como parceiro das ações que serão implementadas pelo Cooperar nessa nova gestão.



Na ocasião, os técnicos do Cooperar – Elisane Abrantes (gerente de Operações), Flávio Luna (gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação) e Marcos Feitosa (responsável pelo Subcomponente 2b – tecnologias) disseram que toda parceria é bem vida, e que o carro feche dessa nova linha de atuação do PB Paraíba Rural Sustentável executado pelo Projeto Cooperar, que é vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds) será o acesso a água, reduzir a vulnerabilidade agroclimática e aumentar o acesso a mercados para a população rural da região.



Eles enfatizaram, ainda, que o PB Rural irá beneficiar em quatro anos e meio (2019 a 2023), mais de 44 mil famílias de agricultores da zona rural do Estado, o que corresponde a 165 mil pessoas assistidas.

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