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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Encontro de Midialivrismo no Rio tem múltiplas identidades e lutas

O saldo do Encontro de Midialivrismo e Juventude, promovido pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), com apoio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, teve um saldo bastante positivo, com infinitas possibilidades de construções coletivas, articulações nacionais e construções de redes. O evento aconteceu nos dias 15 e 16 de maio de 2015.
Mais de 100 representantes de coletivos de comunicação, midialivristas independentes, rádios livres e comunitárias, organizações de arte urbana e ativismo, estiveram presentes no Rio de Janeiro. Os dois dias de encontro na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Jardim Botânico, foram repletos de diversidade: jovens de mais de 30 cidades e 18 estados passaram por ali.


No primeiro dia de atividades, além da reunião para pensar a cobertura colaborativa dos dois dias do Encontro de Midialirismo e Juventude, o Secretário Nacional de Juventude, Gabriel Medina, e a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Ivana Bentes, fizeram a cerimônia de abertura. 
Bia Barbosa, do Intervozes, e Ângela Guimarães, do Conselho Nacional de Juventude, também participaram das rodas de conversa sobre políticas públicas de mídia livre e juventude.
Também aconteceram oficinas de espectro livre e rádio digital com a Rádio Muda, de Campinas (SP), e de arte e guerrilha urbana, com o coletivo Aparecidos Políticos, de Fortaleza (CE).
Já no sábado (16), aconteceu uma conversa com o Deputado Federal Jean Wyllys sobre diversidade sexual e redução da maioridade penal. Para falar também da tramitação da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal para 16 anos, esteve presente Dani Orofino, da campanha Amanhecer Contra a Redução.
Depois da conversa e apoio irrestrito dos midialivristas ao processo de mobilização contra a PEC, aconteceram oficinas autogestionadas: Pedro Caribé, da Rede Mídia Livre Bahia 1789, falou sobre mapeamento digital colaborativo. Enquanto isso, vários outros jovens trocavam suas experiências sobre jornalismo criativo e outros temas, em grupos montados e organizados pelos próprios.
Na segunda parte do dia, um movimento potente: a reunião de cobertura colaborativa da 3ª Conferência Nacional de Juventude empolgou dezenas de comunicadores. Moradores de cidades das cinco regiões brasileiras, os midialivristas mostraram a intenção de acompanhar as etapas livres, municipais e estaduais de suas regiões.
Mais que estarem na produção de conteúdo, os jovens exigiram que um dos eixos do Estatuto da Juventude, o direito à liberdade de expressão e à comunicação, fosse contemplado nas discussões da Conferência.
Por tal motivo, negaram o viés puramente técnico-jornalístico do acompanhamento do processo e prometeram incidir politicamente e construir propostas por novos modelos de comunicação para o Brasil, sendo é claro, a mídia livre como um vetor fundamental da transformação.
O encaminhamento da reunião sobre a 3ª Conferência Nacional de Juventude foi a criação de uma comunidade no Portal da Juventude para discussões e criação de um grupo de trabalho. Uma lista com mais de 50 e-mails foi entregue aos representantes da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) para articulação dos contatos e movimentações da rede.
Todas e todos que não puderam comparecer ao evento, é livre o acesso aos ambientes digitais de reunião para articulação da cobertura colaborativa da Conferência.
O Encontro de Midialivrismo e Juventude também teve tempo e espaço para apresentação do Edital de Pontos de Mídia Livre, do Ministério da Cultura. O momento foi para ouvir as reclamações, sugestões e colaborações ao texto final do Edital, que será lançado oficialmente ainda neste ano. O futuro do cenário da mídia independente no Brasil anima.

#NóisPorNóis

#MídiaLivreJuventude

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