Ontem, 20 de dezembro de 2011, entrou para a história do semiárido e do Brasil,
como uma data significativa de luta pela vida. Assim como na história, os
feitos de CANUDOS, LAMPIÃO, COLHER DE PAU, JENIPAPO, PADRE CÍCERO... Mulheres
e homens, agricultores e agricultoras, protagonistas do trabalho que a ASA
realiza no semiárido, demonstraram que o SEMIÁRIDO BRASILEIRO não
é o que dizem por aí. Não é uma terra sem vida, sem cidadania e sem
direitos. Aqui, no semiárido, existem pessoas de direitos e exigem serem
respeitadas com toda dignidade. Tenho a honra e alegria de dizer, eu
estive em Petrolina no dia 20 de dezembro de 2011!
O povo do semiárido não aceita mais ser colocado à margem das decisões
políticas, à margem das políticas públicas. Somos mulheres cidadãs, homens
cidadãos e somos responsáveis por nós mesmos e pelos nossos destinos e
queremos, de mãos dadas com todas as forças vivas da sociedade, construir
um Brasil e uma sociedade ética, de direitos e humanitária.
Não aceitamos mais sermos tratados como indigentes, incapazes, e
assistidos com bolsa disso e daquilo. Somos gente grande e queremos ser
tratados como gente grande. A ASA e toda rede de organizações, com o seu
trabalho de mobilização e formação social, está criando uma oportunidade
para o Estado Brasileiro, o Governo Brasileiro avançar na construção de
uma verdadeira Democracia, compartilhar com a sociedade civil a
co-responsabilidade da gestão pública. É um exemplo para o Brasil inteiro e até
o mundo.
O Estado Brasileiro e os sucessivos governos, historicamente, optaram pela
governabilidade baseada na negociação dos recursos públicos, aliando-se aos
setores poderosos e os beneficiando-os privadamente, gerando no país
uma imensidão de empobrecidos e pequenos grupos de enriquecidos, sendo o povo
do semiárido, nesse contexto, o mais prejudicado. A ASA, com o seu trabalho
rompe com esse tipo de governar e isso incomoda muita gente.
Ontem, em Petrolina, as vozes de mais de 15 mil pessoas, não é só em defesa da
continuidade do P1MC e do P1+2, programas da ASA, ou contra o
projeto de cisternas de plástico e PVC. Nossa mobilização, articulação e
reivindicações vão muito mais além. Exigimos mais participação da sociedade
civil nos destinos do nosso país; Exigimos mais democracia e direitos; Queremos
participar da construção de um modelo de desenvolvimento que tenha como foco
principal a vida das pessoas e do planeta. Nosso sentimento é coletivo e ele
nasce de toda uma trajetória, de um povo corajoso e resistente. VIVA
O POVO DO SEMIÁRIDO! VIVA A REDE ASA!
Carlos Humberto Campos
Cáritas Piauí
Coordenação Executiva FPCSA/AS/PIAUÍ
Coordenação Executiva FPCSA/AS/PIAUÍ
SERVIÇO
Veja mais imagens da mobilização,aqui
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