Com
o lema: “Direitos são para mulheres e homens, responsabilidades também!” será
lançada em Campina Grande na próxima quinta-feira, 21 de setembro, a Campanha
pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico, organizada na Paraíba pelo Grupo de
Trabalho (GT) Mulheres e Agroecologia da Articulação do Semiárido Paraibano
(ASA Paraíba) e pela Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste.
O
lançamento será aberto ao público em geral e acontecerá em dois momentos no dia
21, pela manhã, à partir das 9h, com uma mesa de diálogo com as participações
de Gilberta Soares, Secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana,
Jussara Costa, professora da Universidade Estadual da Paraíba e integrante do
Grupo de Estudos de Gênero Flor e Flor e Glória Batista, da Coordenação
Nacional da ASA Paraíba. Na ocasião, também será exibido o vídeo da campanha,
que mostra o cotidiano de uma família camponesa que encontrou os caminhos para
a divisão justa do trabalho doméstico e descobriu que com a colaboração de
todos os integrantes da casa, sobra mais tempo para o lazer em família. Após
mesa, haverá um debate e encerramento com os encaminhamentos acerca das ações
da campanha no estado.
O
segundo momento será à tarde, à partir das 14h, na Praça da Bandeira, quando
haverá um ato público com a presença de mulheres rurais e urbanas vindas de
Campina Grande e de outros municípios da região. Haverá uma encenação teatral
com integrantes do Grupo de Teatro Amador do Polo da Borborema sobre o tema da
campanha e serão distribuídos materiais de divulgação para dialogar com a
sociedade.
A
campanha surgiu como resultado do processo de construção coletiva da Pesquisa
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Feminismo e Agroecologia,
desenvolvido entre os anos de 2014 a 2017, que reuniu uma diversidade de
mulheres de todos os estados do Nordeste. Como um dos frutos dessa pesquisa,
surge a Rede Feminismo e Agroecologia.
A
iniciativa tem o objetivo de mostrar a realidade e discutir os desafios e
opressões comuns vivenciados pelas mulheres, sejam elas camponesas, das
cidades, quilombolas, indígenas, estudantes, quebradeiras de coco, pescadoras,
professoras.
A
iniciativa pretende fazer uma denúncia acerca da sobrecarga de trabalho que as
mulheres enfrentam e fazer o anúncio que o trabalho doméstico e de cuidados é
algo que necessita ser tratado enquanto responsabilidades de homens e mulheres,
apontando a necessidade de discutir com toda a sociedade sua origem,
consequências na vida das mulheres, como também propondo uma mudança social: o
compartilhamento das tarefas entre as pessoas que moram na mesma casa.
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