Dia
08 de Março de 2016, nesta terça-feira, o Dia Internacional da Mulher foi
comemorado com bastante entusiasmo, força e determinação pelas mulheres
paraibanas que se reuniram em mais de cinco mil nas ruas da cidade de Areial no
Agreste Paraibano, onde denunciaram violações e celebraram assim a sétima
Marcha das Mulheres, como espaço de Lutas do Movimento de Mulheres no Brasil.
Essa
Marcha, é uma mudança de paradigma, da discussão de gênero na REDE ASA e
principalmente pelo POLO DA BORBOREMA. Teve início as 8:30 da manhã já com a
chegada das caravanas de municípios que formam o território da Borborema, e dos
demais territórios da Rede ASA/PB.
O Campo do Cruzeiro, que fica localizado no sítio
Areial II, foi o ponto de encontro de mais de 70 ônibus, que foram chegando das
diversas regiões da Paraíba, que somando aos grupos locais, se encontravam e se
acolhiam mutuamente, com um sorriso largo no rosto..
Abertura – A
coordenação da Marcha fez a abertura oficial e contou com a fala de Zeneide, a
presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Areial.
Em seguida, o Grupo de
Teatro Amador do Polo da Borborema encenou uma peça que trouxe a tona a
realidade de muitas ali presentes, as diversas formas de violência contra a
mulher. Logo após a peça, contamos com a reflexão de Marizelda Salviano, da
direção do Sindicato de Esperança e da Comissão de Saúde e Alimentação do Polo,
em relação a desconstrução do que seria o “papel do homem e o papel da mulher”.
Contamos também com alguns testemunhos de participantes da Marcha.
A Marcha seguiu em
caminhada ao seu destino final, e com bastante animação, cantorias e ciranda
das mulheres, homens e crianças seguiram juntos para a Praça Central. O loca
contava com um grande palco, e uma feira com produtos da agricultura familiar,
além de artesanatos e etc.
Na praça Lia de
Itamaracá, grande artista popular, da ciranda, dava seu show especial, além de
mulher lutadora que é, Lia veio da classe dos pobres e do alto de sua
negritude, enfrentou preconceito, por toda sua característica. Ser mulher e
artista no começo de sua carreira, era enfrentar uma frente de vários
preconceitos. Mais, é na ciranda e também no coco de roda, que ela animou a
todos presentes.
Mulheres de diversos
movimentos sociais, idades e credos, marcaram presença no evento. Dentre essas
expressões, o GT de Mulheres da ASA-Paraiba, Movimentos de Mulheres
Trabalhadoras Rurais do Nordeste, o Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste,
a Secretaria de Mulheres da CUT-PB, Marcha Mundial das Mulheres, entre outros.
O encerramento ficou
marcado pela mística que lembrou a mãe terra, ao som da Cancão da Terra, (Pedro
Munhoz), uma grande ciranda foi formada anunciando que a marcha do ano seguinte
ali já se iniciava.
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