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sábado, 12 de março de 2016

Marcha das Mulheres: Pela Vida das Mulheres, e pela Agroecologia

Dia 08 de Março de 2016, nesta terça-feira, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado com bastante entusiasmo, força e determinação pelas mulheres paraibanas que se reuniram em mais de cinco mil nas ruas da cidade de Areial no Agreste Paraibano, onde denunciaram violações e celebraram assim a sétima Marcha das Mulheres, como espaço de Lutas do Movimento de Mulheres no Brasil.

Essa Marcha, é uma mudança de paradigma, da discussão de gênero na REDE ASA e principalmente pelo POLO DA BORBOREMA. Teve início as 8:30 da manhã já com a chegada das caravanas de municípios que formam o território da Borborema, e dos demais territórios da Rede ASA/PB.
 O Campo do Cruzeiro, que fica localizado no sítio Areial II, foi o ponto de encontro de mais de 70 ônibus, que foram chegando das diversas regiões da Paraíba, que somando aos grupos locais, se encontravam e se acolhiam mutuamente, com um sorriso largo no rosto..
Abertura – A coordenação da Marcha fez a abertura oficial e contou com a fala de Zeneide, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Areial.
Em seguida, o Grupo de Teatro Amador do Polo da Borborema encenou uma peça que trouxe a tona a realidade de muitas ali presentes, as diversas formas de violência contra a mulher. Logo após a peça, contamos com a reflexão de Marizelda Salviano, da direção do Sindicato de Esperança e da Comissão de Saúde e Alimentação do Polo, em relação a desconstrução do que seria o “papel do homem e o papel da mulher”. Contamos também com alguns testemunhos de participantes da Marcha.
A Marcha seguiu em caminhada ao seu destino final, e com bastante animação, cantorias e ciranda das mulheres, homens e crianças seguiram juntos para a Praça Central. O loca contava com um grande palco, e uma feira com produtos da agricultura familiar, além de artesanatos e etc.
Na praça Lia de Itamaracá, grande artista popular, da ciranda, dava seu show especial, além de mulher lutadora que é, Lia veio da classe dos pobres e do alto de sua negritude, enfrentou preconceito, por toda sua característica. Ser mulher e artista no começo de sua carreira, era enfrentar uma frente de vários preconceitos. Mais, é na ciranda e também no coco de roda, que ela animou a todos presentes.  
Mulheres de diversos movimentos sociais, idades e credos, marcaram presença no evento. Dentre essas expressões, o GT de Mulheres da ASA-Paraiba, Movimentos de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste, o Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, a Secretaria de Mulheres da CUT-PB, Marcha Mundial das Mulheres, entre outros.
O encerramento ficou marcado pela mística que lembrou a mãe terra, ao som da Cancão da Terra, (Pedro Munhoz), uma grande ciranda foi formada anunciando que a marcha do ano seguinte ali já se iniciava.


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