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segunda-feira, 31 de maio de 2010

AGENTES DE PASTORAL







AGENTES   DE   PASTORAL
I   n   s   t   a   n   t   â   n   e   o   s



Presente em todo Brasil, um país de caras e sotaques mil
Presente entre os migrantes, sócio-dependentes e outros carentes

Atua como gestor, pastor, amigo ou simples observador
Escolheu servir, escolheu se doar

Andarilho por opção. Vê problemas e busca solução
Estuda, Caminha, Canta e Luta por outro tipo de Nação.

SER AGENTE é estar junto no translado e no movimento
SER PASTORAL é missão, compromisso, ideal.



Carta aberta

Bayeux, Paraíba,19 de abril de 2010

Prezados Senhores,

O Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste – SPM NE, entidade componente da Articulação no Semi-árido Paraibano – ASA PB, vem, por meio desta, expressar o reconhecimento às ações desenvolvidas pela Conab, nos últimos sete anos, em apoio à agricultura familiar desse país, e defender a manutenção desse compromisso neste momento crucial de mudanças na presidência da Conab, sobre a qual nos manifestamos para o governo e para a sociedade. Destacamos os avanços alcançados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no fortalecimento da Agricultura Familiar, promovendo uma relação direta e importante entre a produção e a comercialização da agricultura familiar. Este programa é extramamente relevante para a melhoria da qualidade de vida das famílias agricultoras e dos consumidores na perspectiva da soberania e segurança alimentar e nutricional. Avaliamos que estes avanços foram possíveis na medida em que estiveram à frente deste processo, pessoas comprometidas com a defesa e fortalecimento da agricultura familiar.

Para que possamos assegurar a continuidade e avanços futuros destas ações exitosas defendemos que tenhamos à frente da CONAB pessoas empenhadas e comprometidas com o protagonismo dos agricultores e agricultoras familiares. Neste sentido, destacamos o empenho e compromisso do Sr. Silvio Porto, Diretor de Política Agrícola e Informações, que no nosso entendimento, o credencia técnica e politicamente para estar à frente da CONAB, exercendo o cargo de Presidente da mesma. É o que defendemos.

Esta manifestação pública representa o nosso reconhecimento do importante papel desempenhado pelo Sr. Silvio Porto em relação às políticas de reestruturação da CONAB de apoio à agricultura familiar e de reforço do papel das organizações da sociedade civil na construção e implementação de programas, a exemplo do PAA.

Atenciosamente,

Arivaldo José Sezyshta
Coordenador

Carta do Haiti



D. Demétrio Valentini
Presidente SPM
Em nome da CNBB e da Cáritas, esta é a semana da visita ao Haiti. Para conferir de perto a situação, e ver melhor como dar continuidade à campanha em favor das vítimas do fatídico terremoto do dia 12 de janeiro.
Quando a viagem é importante, não se espera o regresso . Manda-se uma carta. E´ o que estou fazendo, na tentativa de transmitir ao menos algumas impressões, para depois com mais calma partilhar propostas concretas de cooperação com o povo haitiano.
Quando o avião estava sobrevoando Port au Prince, já dava para constatar a cidade arrasada. Certos quarteirões pareciam um amontoado de destroços, não um conjunto de casas. O Haiti ainda convive com os escombros . Não foram removidos. E convenhamos que não é fácil removê-los. Se anos depois da guerra, na Europa, ainda dava para ver algumas conseqüências da destruição, por que se imaginaria que o pobre Haiti fosse capaz de varrer da cidade e da memória os vestígios do terremoto¿ Por muitos anos, com certeza, o Haiti vai viver sob o espectro desta tragéd ia.
Do alto dava para ver, o que depois conferíamos de perto. Os espaços vazios, como praças ou campos de esporte, foram todos ocupados por milhares de tendas, para abrigar os que perderam suas casas, ou não tem a coragem de se abrigar debaixo de estruturas completamente comprometidas. Durante o dia, o povo se apinha nas ruas, muitos zanzando atônitos, todos buscando sobreviver, através de toscas mercadorias que procuram vender, ou no aguardo de alguma ajuda que possam receber.
Ao ver de perto esta realidade, voltava com freqüência a pergunta intrigante que teimava a se interpor diante da dura realidade deste povo que já era pobre e foi atingido duramente por esta catástrofe. Afinal, neste Caribe que leva a fama de exuberante e encantador, por que alguns países foram adotados pelo progresso, e outros ficaram relegados ao subdesenvolvimento¿ Sejam quais forem as razões que se alegue, o Haiti ainda paga caro por ter madrugado na sua independência, e ter sido ousado na abolição da escravidão já no início do século dezenove.
Impressiona ver casas de três ou quatro andares, que desabaram completamente e se reduziram a um amontoado de escombros. Com certeza ainda servem de cemitério para muitas vítimas.
Dá para ver com clareza que certos lugares sofreram mais que outros. As causas são diversas. Depende do roteiro que o terremoto parece ter privilegiado, atingindo em sequência certas regiões nitidamente mais danificadas. Mas com certeza depende também do tipo de construções, mais, ou menos resistentes a abalos císmicos. Depende do tipo de terreno, que precisaria ser analisado melhor antes de sobre ele se construir. São todas advertências, que agora precisam ser melhor levadas em conta, na perspectiva da reconstrução que a partir de agora se impõe.
Pois na verdade, nestes dias está acabando a primeira fase, a de socorro imediato. Começa a fase mais difícil, a da reconstrução. No dizer o Administrador Apostólico da Arquidiocese de Port Au Prince, é preciso transformar a calamidade em oportunidade.
No Haiti o mundo todo tem lições importantes a aprender. Entre tantas, uma sobressai. E´ urgente que o Haiti retome sua plena soberania, para se tornar ele próprio o protagonista de sua reconstrução, e para que a solidariedade que o mundo inteiro está disposto a oferecer, possa encontrar a maneira adequada de se exercer.
No final desta semana, a Cáritas Internacional, com a presença das Cáritas Latino americanas, se reúnem no Haiti para juntas refletirem sobre a maneira de colaborem na ingente tarefa de refundar o Haiti. Pois assim parece se apresentar o desafio comum que todos sentimos. Mas uma carta não conta tudo. Este pouco é só para aguçar o interesse para nos darmos conta das muitas causas que estão em jogo neste país que todos adotamos como interpelação do passado e como profecia de futuro.

SPM realiza 3ª Etapa do Coletivo de Formação



A cidade de São Paulo/SP acolheu, entre os dias 09 e 11 de abril de 2010, os Agentes de Pastoral do SPM vindos de todas as regiões de nosso imenso Brasil. Mulheres e homens que saíram do Norte e do Sul para participarem da terceira etapa do Coletivo de Formação do SPM (trienal 2008-2010).

O Coletivo de Formação tem como objetivo principal fornecer subsídios, teóricos e práticos, de estudo para os Agentes de Pastoral de todo País. Nesta terceira etapa participaram aproximadamente 50 pessoas, as quais puderam estudar temas e compartilhar experiências ao caminhar de cada equipe em atenção a todo povo Migrante.





SETOR TEMPORÁRIOS

No dia 09 de abril, articulado pelo Setor dos Temporários, foi discutido o tema Desenvolvimento Territorial Sustentável e Solidário, que animado por Arivaldo Sezyshta (SPM PB) nos conduziu a uma reflexão de que tipo de desenvolvimento está sendo implantado no mundo e qual é o modelo que queremos em nossas comunidades.




SETOR URBANOS

O segundo dia do Coletivo foi dedicado a reflexão sobre o meio urbano, esse dia esteve sob a coordenação à professora Janete Romano que nos apresentou os diversos enfoques sobre o mundo urbano: desde a cidade como um fenômeno humano, as imagens das periferias das grandes metrópoles até como é abordado nos meios de comunicação os corpos dos jovens brasileiros.




SETOR IMIGRANTES

No dia 11, José Carlos Pereira (Carlinhos), ajudou o Coletivo de Formação a debater sobre a Cidadania Universal, pois como todo nós sabemos temos o direito de ir e vir e migrar para onde desejarmos, e não são os poderes políticos e econômicos que devem determinar as nossas condutas individuais e direitos universais.



Em suma, a terceira etapa do Coletivo de Formação do SPM foi um rico encontro de estudo, troca de experiências e articulações; momentos como esse só reforça o espírito de unidade e o aprofundamento no enfoque à questão da mobilidade Humana que o Serviço Pastoral dos Migrantes sempre buscou nestes 25 anos de existência.